Equivalente a mais de 22 mil campos de futebol, a área desmatada apresentou uma queda em relação aos 430 km2 de janeiro de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, indica o INPE.
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Durante a gestão Bolsonaro, aliado do agronegócio negacionista das mudanças climáticas, o desmatamento anual médio na Amazônia aumentou 75,5% em relação à década anterior.
A diminuição da área devastada pode ser reflexo de uma “retomada da pauta de defesa ambiental”, disse a ONG ambiental WWF-Brasil em nota, embora ainda seja “cedo para falar sobre uma reversão de tendência”.
“É preciso reestruturar com máxima urgência os Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas. Importante que o Brasil retome o seu papel de liderança ambiental no cenário internacional”, destacou Frederico Machado, especialista em conservação da WWF-Brasil, quem chamou as políticas dos últimos anos como “anti-ambientais” e “criminosas”.
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Especialistas asseguram que o desmatamento tem relação direta com o avanço de grandes fazendas e grileiros de terras, que destroem a floresta para criação de gado e plantações.
O presidente Lula, 77 anos, prometeu retomar os programas de proteção ambiental, lutar para cumprir a meta de desmatamento ilegal zero até 2030 e garantir que o Brasil deixe de ser um “pária” em questões climáticas.
Lula nomeou Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente, uma ambientalista renomada que esteve no comando desta pasta entre 2003 e 2008, quando o Brasil conseguiu reduzir significativamente o desmatamento.
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A ministra reconheceu em entrevista à AFP que a realidade ambiental do Brasil é “muito pior” que esperado.
O país está em contato com algumas potências ocidentais, como a França, para que ajudem com recursos e somem esforços ao Fundo Amazônia, cujos principais doadores são Noruega e Alemanha.
Além da luta contra o desmatamento, o governo de Lula enfrenta o garimpo ilegal com uma operação que pretende expulsar os invasores de terras Yanomami, a maior reserva indígena do país, na fronteira com a Venezuela.
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(com AFP)
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