O mundo está rapidamente ficando sem “orçamento de carbono”, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que pode ser despejada na atmosfera se quisermos ficar dentro do limite vital de 1,5°C acima das temperaturas pré-industriais, de acordo com um estudo publicado na revista Dados da Ciência do Sistema Terrestre (🇬🇧) nesta quinta-feira (8).
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Apenas cerca de 250 bilhões de toneladas de dióxido de carbono podem agora ser emitidas, para evitar o acúmulo de CO2 na atmosfera que elevaria as temperaturas em 1,5ºC. Isso está abaixo dos 500 bilhões de toneladas de apenas alguns anos atrás, e nas atuais taxas anuais de emissões de gases de efeito estufa, de cerca de 54 bilhões de toneladas por ano na última década, acabaria bem antes do final desta década.
O professor Piers Forster, diretor do Priestley Center for Climate Futures da Universidade de Leeds e principal autor do artigo, disse em entrevista ao The Guardian (*): “Esta é a década crítica para as mudanças climáticas. As decisões tomadas agora terão um impacto sobre o quanto as temperaturas vão subir e o grau e a gravidade dos impactos que veremos como resultado”.
Ele disse que a taxa de aumento anual das emissões diminuiu, mas uma ação muito mais forte é necessária. “Precisamos mudar políticas e abordagens à luz das evidências mais recentes sobre o estado do sistema climático. O tempo não está mais do nosso lado”, afirmou.
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@curtonews Emissões globais de gases de efeito estufa atingem alta histórica 😔
♬ som original – Curto News
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