“Estou determinado a encerrar esta conferência amanhã, de maneira ordenada”, declarou, para os representantes de quase 200 delegações, o chanceler egípcio e presidente da COP27, Sameh Choukri.
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As negociações no balneário de Sharm el Sheikh estão bloqueadas na questão do financiamento mais ambicioso que os países pobres e em desenvolvimento reclamam das nações mais ricas, para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa, para a adaptação dos efeitos da mudança climática e para descarbonizar suas economias.
Um dos principais pontos de divergência é a reivindicação dos países vulneráveis para a criação de um fundo específico para compensá-los pelas perdas e danos já sofridos pelo aquecimento global, um fenômeno para o qual as nações pobres contribuíram muito menos, historicamente, que as mais ricas.
O tema foi incluído na agenda da COP27 quando os debates começaram em 6 de novembro. Oficialmente, as partes têm até 2024 para negociar a questão, mas os países em desenvolvimento pressionam para obter neste fim de semana um compromisso político de criação do fundo, visto com relutância pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
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O chanceler egípcio expressou preocupação com a quantidade de temas pendentes de acordo e relacionadas a “financiamento, mitigação (das emissões de gases de efeito estufa), perdas e danos, todas interligadas”.
“Faço um apelo às partes a trabalhar juntas para resolver estas questões pendentes o mais rápido possível”, enfatizou Shukri.