Países como China, Estados Unidos, Índia e Canadá podem esperar custos mais altos, pois suas pontuações de crédito caem dois níveis sob um sistema de ratings “ajustado ao clima”, de acordo com o estudo publicado na revista Management Science nesta segunda-feira (7).
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O aumento dos custos da dívida seria apenas mais um dano econômico geral que as mudanças climáticas já estão causando. A gigante dos seguros Allianz estima que as recentes ondas de calor já teriam reduzido 0,6% da produção global neste ano.
O estudo treinou modelos de inteligência artificial (IA) nas classificações existentes da S&P Global e, em seguida, combinou isso com modelos econômicos climáticos e as próprias avaliações de risco de desastres naturais da S&P para criar novas classificações para vários cenários climáticos.
Um rebaixamento para 59 países soberanos surgiu de um chamado cenário RCP 8.5 de emissões que continuam aumentando. Em comparação, 48 soberanos sofreram rebaixamentos entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2021 durante a pandemia da covid-19.
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Se o planeta conseguir cumprir a meta do Acordo de Paris, com temperaturas mantidas abaixo do aumento de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, os ratings de crédito soberano, na simulação, não veriam impacto no curto prazo e apenas efeitos limitados no longo prazo.
Por outro lado, um cenário onde as emissões se mantêm elevadas até o final do século resultaria em custos globais mais altos do serviço da dívida, chegando a centenas de bilhões de dólares em moeda corrente, segundo o modelo.
Vale frisar que os países em desenvolvimento com pontuações de crédito mais baixas são vistos como os mais atingidas pelos efeitos físicos das mudanças climáticas, mas as nações com as pontuações de crédito mais altas provavelmente enfrentarão rebaixamentos mais severos simplesmente porque têm mais a cair.
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