A data comemorativa é definida pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Foi escolhida pelo declínio da Ditadura Militar no Brasil e da redemocratização do país. O enfraquecimento da ditadura deu força aos movimentos de oposição, como o movimento negro, fundamental para que o país reconquistasse o regime democrático.
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Mais da metade da população brasileira é preta ou parda, de acordo com dados do IBGE: 9,1% da população se autodeclara preta e 47% parda. Por isso, a data que faz refletir sobre a negritude é tão importante, porque faz refletir sobre a representatividade que essa camada da população brasileira tem. Mesmo sendo mais de 50% da população, pretos e pardos ainda sofrem com discriminação e racismo estrutural.
Estudiosos afirmam que, para o movimento ter realmente um resultado positivo, o Brasil precisa se assumir racista: uma pesquisa feita pelo PoderData em novembro de 2020 mostra que 81% dos brasileiros dizem haver racismo no Brasil por causa da cor da pele. Mas apenas 34% admitem preconceito contra negros.
É mais nítido ver o racismo acontecer quando uma pessoa preta é impedida de entrar um elevador social, ou ser revistada ao sair de loja, ou vítima de falas pejorativas.
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Mas há uma outra faceta do racismo ainda mais preocupante e difícil de combater, que é o racismo estrutural: desvantagem em relação à pessoas brancas na concorrência para cargos de trabalho, o número maior de assassinatos de pessoas pretas, maioria da população carcerária, entre vários outros fatores.
- O que é racismo estrutural? (Politize)
De acordo com o Mapa da Violência (2016),dos cerca de 30 mil jovens entre 15 e 29 anos que morrem todo ano, 77% são negros. Isso significa que um jovem negro morre no Brasil a cada 23 minutos.
Brasil e os ídolos negros
A história do nosso país é repleta de figuras negras marcantes: Zumbi dos Palmares, Pelé, Milton Nascimento, Machado de Assis, Maria Firmino dos Reis, Djamila Ribeiro são alguns desses nomes consagrados.
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Há influências negras fortes na nossa música, na política, na literatura, no futebol, no esporte… a cultura brasileira está intimamente ligada à cultura negra e à afrodescendência.
A Copa do Mundo este ano começa no Dia da Consciência Negra. Uma justa homenagem aos jogadores negros que foram grandes responsáveis pelo sucesso do futebol brasileiro.
Mesmo assim, eles não ficaram livres do racismo. No passado e no presente, atletas ainda são vítimas de atos discriminatórios e injúrias raciais. O caso mais recente foi de Vinicius Jr., que enfrentou diversos ataques enquanto joga no Real Madrid na Espanha.
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Comemorações no dia da Consciência Negra
Diversas comemorações acontecem pelo Brasil neste 20 de novembro: rodas de samba, eventos com música, comida e muito o que se comemorar.
No Rio de Janeiro, um show da Sandra Sá marca o Festival da Consciência Negra.
Em São Paulo, várias personalidades do Brasil e do mundo se encontram no Expo Internacional da Consciência Negra, organizado pela prefeitura para debater o tema da negritude: serão palestras, exposições e uma série de shows que começaram na sexta-feira (18) até a noite desse domingo (20), no Centro de Exposições Center Norte.
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Procure em sua cidade o evento mais próximo e celebre esse 20 de novembro!
Curto Curadoria:
- Copa do Mundo e Dia da Consciência Negra (Senado)
- População negra no Brasil (Poder 360)
- Brasil se assumir racista (Senado)
- Personalidades negras (Ebiografia)