Apesar do frio e da previsão de neve, os gaúchos não estão se escondendo em cada. A edição especial de meio século do Festival de Cinema de Gramado traz expoentes do sétima arte brasileira de volta ao tapete vermelho, após dois anos de pandemia, período em que filmes e premiações foram transmitidos pela internet.
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O evento começou no dia 12 de agosto e se encerra neste sábado (20). A premiação de longas e curtas-metragens será transmitida pela internet e pelo Canal Brasil, às 21h.
Cinema brasileiro
Das mais de mil inscrições de curtas e longas, a curadoria do festival selecionou 50 produções cinematográficas para competição. Confira a lista completa das obras no Adoro Cinema.
A atriz Dira Paes, que interpreta Filó em Pantanal e acumula 43 filmes no currículo, compôs o time de curadores da mostra deste ano.
Do cinema brasileiro, foram selecionadas obras que debatem, principalmente, questões sociais, políticas e ligadas à violência que são latentes atualmente.
O filme “Marte Um” se destacou dentre as exibições da mostra, sendo bem recebido pela crítica e pelo público que o aplaudiu de pé, após a sessão. O nome vem de um programa espacial lançado em 2012, mas a história é sobre um menino que viaja em seu sonho de subir na vida. Em entrevista ao Adoro Cinema, o diretor Gabriel Martins conta que o filme vem para levantar a importância de não nos esquecermos do afeto e de “olharmos um para o outro”. O longa é protagonizado pelo ator Cauã Reimond. “A viagem de Pedro”, de Laís Bodanzky, entrou posteriormente na seleção da mostra.
Ao maior prêmio do festival, “Kikito”, concorrem 7 longas-metragens brasileiros:
- “A Mãe”, de Cristiano Burlan
- “A Porta ao Lado”, de Julia Rezende
- “Marte Um”, de Gabriel Martins
- “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho
- “O Clube dos Anjos”, de Angelo Defanti
- “O Pastor e o Guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte
- “Tinnitus”, de Gregório Graziosi
Cinema estrangeiro
Também foram selecionados longas estrangeiros, com foco na América Latina e em questões como violência, crimes ambientais e gênero. São eles:
- “9” (Uruguai/Argentina), de Martín Barrenechea e Nicolás Branca
- “Cuando Oscurece” (Argentina/Uruguai), de Néstor Mazzini
- “El Camino de Sol” (México), de Claudia Sainte-Luce
- “Inmersión” (Chile), de Nicolas Postiglione
- “La Boda de Rosa” (Espanha/França), de Iciar Bollain
- “La Pampa” (Peru/Chile/Espanha), de Dorian Fernández Moris
- “O Último Animal” (Portugal/Brasil), de Leonel Vieira
Mostra Acessível
Com o propósito de inclusão, o Festival disponibiliza três longas-metragens que fizeram parte da programação em seu site. Todos eles têm legendas, janela de libras e audiodescrição:
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Tapete vermelho
A solenidade de abertura, com tapete vermelho e apresentação musical, contou com presenças de artistas brasileiros como Jessica Ellen, Otavio Muller, Matheus Nachtergaele, Andre Abujamra Barbara Paz e Zeca Camargo. A cerimônia de premiação inicial foi aberta ao público e transmitida pela internet e televisão, pelos canais TVE e Canal Brasil. (G1)
Na sessão das principais homenagens da sexta, a atriz e moradora de Gramado, Araci Esteves, recebeu o Troféu Cidade de Gramado, ao lado de amigos e familiares. Emocionada, ela declarou que o festival é uma “festa de trocas, conhecimento, e um espaço para discussão e reivindicações.“
História do festival
Desde a criação, em 1973, o Festival de Gramado é responsável por manter um constante movimento cultural na Serra Gaúcha, de encontros e debates entre estudantes, artistas, e fazedores do cinema e da cultura. O Festival é, desde 2014, gerido por uma autarquia e parte da programação pública do município de Gramado.
Curto Curadoria
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