Acabou a farra da gasolina: preço médio nas bombas sobe 1,4%

O esforço do governo federal - mirando as eleições - para baixar o preço dos combustíveis está perdendo o fôlego. O preço médio da gasolina comum nas bombas subiu 1,4%, de R$ 4,79 para R$ 4,84 entre os dias 9 e 15 de outubro, informou nesta segunda-feira (17) a Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP). A alta interrompe um ciclo de 15 semanas consecutivas de queda, mesmo após os corte de impostos e reduções nos preços praticados pela Petrobras em suas refinarias.

A redução do combustível foi forçada pelo governo, e a população já começou a notar que a gasolina voltou a subir nos postos:

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Desde o pico histórico de R$ 7,39, registrado na penúltima semana de junho, a gasolina chegou a recuar 35% até a semana encerrada em 8 de outubro. Mas, sem novos descontos nos preços da Petrobras nas últimas semanas, o preço voltou a subir nos postos brasileiros.

O que faz a gasolina subir?

Com o mercado internacional pressionado (guerra da Ucrânia e demanda maior do que a oferta) e os preços da estatal (Petrobrás) abaixo da paridade de importação, não há espaço técnico para mais reduções nas refinarias. è o que especialistas ouvidos pelo Broadcast/Estadão disseram.

Na prática, isso limita e pode até comprometer uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral: a queda no preço dos combustíveis.

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Como o governo reduziu o preço da gasolina?

A chamada “trajetória de queda” do combustível começou em 24 de junho, quando o governo federal sancionou a lei que limitou o ICMS ( imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) sobre combustíveis, a 17% em todo o País. Depois, nos meses de julho, agosto e setembro, os preços seguiram caindo em função de quatro reduções seguidas nos preços praticados pela Petrobras em suas refinarias.

Antes, a gasolina acumulava alta de 70,6% nos postos desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), em janeiro de 2019. Assim, os esforços do governo para reduzir preços à beira das eleições ainda não compensaram a escalada experimentada nos primeiros três anos e meio de governo.

Com Estadão Conteúdo

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