“Se tudo correr bem, acho que a legalização poderá ocorrer em 2024”, afirmou o ministro social-democrata.
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Tudo dependerá, na verdade, da aprovação da Comissão Europeia.
“Estamos verificando se as linhas gerais que traçamos neste documento são compatíveis com o direito internacional e europeu”, sublinhou.
Caso a Comissão Europeia não dê sua aprovação, o documento não vai gerar um projeto de lei, especificou, mostrando-se relativamente confiante em que o texto vai superar o obstáculo.
Conter o mercado clandestino
O ministro justificou esta reforma, que fará da Alemanha um dos países mais liberais da Europa, pelo desejo “de obter uma melhor proteção das crianças e dos jovens“. Nesse sentido, avaliou que a política não tem sido “realmente eficaz” até o momento.
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Cerca de 4 milhões de pessoas no país consumiram esta droga considerada branda no ano passado. Deste total, 25% tinham entre 18 e 24 anos, indicou.
O ministro da Justiça, Marco Bushmann, considerou que a política puramente repressiva “fracassou”.
“É por isso que queremos legalizar, de forma responsável, o consumo da cannabis. Isso significará produtos de melhor qualidade e, portanto, proteção sanitária” e alívio para a Justiça, que poderá “se concentrar em coisas mais importantes”, disse em sua conta do Twitter.
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O documento, adotado nesta quarta-feira (26), prevê o “controle público da cadeia de fornecimento” da cannabis com o objetivo de “garantir a proteção da saúde e coibir o crime organizado e o mercado clandestino”.
O plano organiza “a produção, o fornecimento e o comércio de cannabis recreativa no âmbito de licenças controladas pelo Estado” e autoriza o cultivo de três plantas de cannabis por adulto para uso pessoal, detalha.
Sua venda será “estritamente controlada”, os vendedores não poderão fazer propaganda, e a embalagem deverá ser “neutra” e informar os riscos.
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Os lucros com a venda de cannabis para uso recreativo estarão sujeitos a um imposto e está previsto um imposto especial de consumo (“imposto cannabis”), segundo o documento.
Se o projeto for implementado, a Alemanha fará parte do pequeno grupo de países que legalizaram essa droga, como Malta, na Europa, e Uruguai e Canadá, nas Américas.
(com AFP)
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