Em 2010, o tribunal o declarou culpado pelo assassinato, dois anos antes, de uma idosa de 87 anos. Ele foi condenado à prisão perpétua por um crime que a imprensa chamou de “assassinato da banheira”. A mulher foi encontrada morta em sua banheira e Genditzki – que na época trabalhava como zelador na residência em que ela morava – foi acusado de agredir a idosa durante uma discussão e matá-la em seguida. A condenação foi confirmada no julgamento do recurso de apelação em 2012. Genditzki sempre alegou inocência.
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Depois de vários anos de luta, a nova advogada do réu conseguiu obter uma análise térmica que, levando em consideração a temperatura da água, concluiu que a hora da morte era completamente diferente, livrando Genditzki de qualquer suspeita. Além disso, uma segunda perícia baseada em uma simulação de computador mostrou que a morte pode ter sido acidental.
As dúvidas sobre a culpa de Genditzki ficaram tão evidentes que ele foi colocado em liberdade em agosto do ano passado. Ele voltou a morar com a família e trabalha como motorista.
O próprio promotor pediu o arquivamento do processo, que foi determinado “com base em novos métodos”, que não estavam disponíveis para os investigadores quando a sentença foi proferida, explicou o porta-voz do tribunal. “É uma tragédia para a qual é difícil encontrar palavras”, acrescentou.
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Genditzki ainda deve ser indenizado pelo Estado pelos 4.915 dias que passou na prisão. A lei prevê 75 euros (quase 400 reais) de indenização por dia, o que daria um valor total de 369 mil euros (1,9 milhão de reais) por todos os anos de liberdade perdida.