Alexandre Padilha aceitou o convite para ser ministro das Relações Institucionais no governo Lula, que tem início no dia 1º de janeiro de 2023. O médico e político é filiado ao PT e já havia ocupado o mesmo cargo no segundo mandato de Lula. Além disso, também foi ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff. O Curto te conta outros detalhes da trajetória de Alexandre Padilha.
Em um fio publicado no Twitter, Padilha explicou as principais funções das Relações Institucionais.
“O ministério é responsável por fazer as relações do presidente com aquilo que chamamos de Governabilidade. Através do diálogo com governadores, prefeitos, Congresso Nacional e o Conselhão – o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que junta empresários, sindicatos, agentes da cultura, movimentos sociais, etc. – vamos propor um debate para construção de consensos para o país. Queremos dialogar para construir consenso sobre como vamos enfrentar o problema da fome, do desemprego, da crise na saúde e educação. Como vamos retomar o papel ambiental do Brasil e criar um ambiente seguro pra quem quer investir”.
O Mais Médicos foi lançado por Alexandre Padilha em meados de 2013 para agilizar a oferta de profissionais da saúde na rede pública. O programa contratava médicos recém-formados que aceitassem trabalhar em unidades de saúde no interior e em bairros periféricos; em troca, além do salário, eles receberiam bônus em provas de residência. Médicos que usaram empréstimos do Fies também poderiam abater parte das dívidas trabalhando em áreas carentes. (Jota)
O programa causou certa polêmica, já que entidades médicas alegaram a necessidade de revalidar o diploma dos estrangeiros contratados. Na época, Padilha argumentou que o programa era emergencial pela necessidade de cobrir áreas desatendidas e disse que todos os médicos passavam por treinamentos, além de receberem supervisão durante todo o programa.
No mundo todo, é comum que diplomas médicos sejam revalidados por meio de provas teóricas e práticas, que atestam a capacidade do profissional de oferecer serviços médicos à população de um país diferente daquele em que foi expedido o diploma.
Alexandre Padilha chegou a ser, inclusive, declarado “persona non grata” pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por dispensar a revalidação dos diplomas.
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