Em meio a relatos de consumidores que enfrentam dificuldades para comprar medicamentos, o Ministério da Saúde e a Anvisa admitem que há risco de desabastecimento de determinados remédios no mercado, segundo reportagem publicada no jornal O Globo.
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Entre os 106 estabelecimentos pesquisados, o relatório constata que falta soro fisiológico em cerca 87,6% das instituições. Em cerca de 63%, não há mais a dipirona injetável para o tratamento de dor e febre. Para os pacientes que sofrem de doenças autoimunes que causam fraqueza nos músculos, médicos recomendam o uso da nesotigmina. O medicamento está em falta em pouco mais da metade das organizações.
O problema da escassez de remédios acontece desde o início do ano, mas se intensificou nos últimos dois meses. Os principais motivos são a alta do dólar e do barril de petróleo, a inflação e o aumento do uso de medicamentos durante o inverno. Além disso, os lockdowns na China no início deste ano fizeram subir o preço do insumo farmacêutico ativo (IFA), que é o principal ingrediente na fabricação de remédios.
O Brasil produz apenas 5% do IFA utilizado na produção nacional, o restante é importado. Apenas da China, o país importa 68% dos insumos.
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Curto curadoria
- A dificuldade de importar insumos provoca falta de medicamentos em São Paulo (Rádio CBN)
- O que fazer se seu remédio ‘sumir’ das prateleiras (BBC News Brasil)
- A falta de remédios nas redes pública e privada (Agência Brasil)
Créditos de imagem: Pixnio