Apesar de ser proibida a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil, boa parte dos jovens brasileiros usa esse produto. A proibição foi determinada pela Anvisa; não há, portanto, autorização no Brasil para quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, os chamados DEFs, independentemente de sua composição e finalidade.
Em julho de 2022, a Anvisa manteve a proibição da importação e a venda dos DEFs, ou vapes, no Brasil, mas a compra continua ocorrendo pela internet e em pontos de venda do comércio, incluindo camelôs, além de festas e boates.
Na última quinta-feira (6), a Anvisa reiterou à Agência Brasil que a importação de DEFs, acessórios, refis e essências desses produtos é proibida no Brasil e que o descumprimento da norma é passível de sanções. As penalidades previstas variam de advertência a multas, conforme a gravidade do fato e o porte da empresa. Em caso de propaganda irregular, além das penalidades, as empresas são notificadas a retirar o site com conteúdo irregular da internet.
De acordo com um relatório do Ministério da Saúde divulgado em maio do ano passado, pelo menos um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. Além disso, os adultos jovens apresentaram as maiores prevalências de experimentação de cigarro eletrônico (19,7%) e de narguilé (17%), no país, no ano passado. O consumo desses produtos é considerado modismo no Brasil e segue comportamento observado em outros países, como Estados Unidos e Reino Unido, onde é permitida a comercialização.
Uma pesquisa apresentada no ano passado no “European Respiratory Socity”, com participação de pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein – feita com jovens do Brasil, EUA e Índia – mostrou que 36% dos jovens usuários de vapes achavam ele era menos invasivo que o cigarro comum, desconhecendo os prejuízos do fumo de eletrônicos.
O cigarro eletrônico não é nada inofensivo e existem vários estudos que indicam que eles causam as mesmas doenças que o comum, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar). Mesmo para usuários passivos, há aumento do risco de desenvolver asma. Segundo especialistas, o uso dos cigarros eletrônicos também aumenta o risco de lesão aguda no pulmão e danos cardiovasculares no longo prazo, além de maior chance de desenvolverem tumores também.
(Fonte: Agência Brasil e Agência Einstein)
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