“A democracia, longe de se consolidar, entrou em uma recessão” na América Latina, disse a socióloga Marta Lagos, diretora da corporação Latinobarómetro, ao apresentar os resultados da pesquisa aplicada a 19.205 pessoas em 17 países da região.
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O estudo mostra que apenas 48% dos latino-americanos apoia hoje a democracia como regime político, marcando uma diminuição de 15 pontos percentuais dos 63% de 2010.
Já o apoio ao autoritarismo subiu. A pesquisa aponta que 17% dos latino-americanos apoia a expressão “um governo autoritário pode ser melhor”, frente aos 15% de 2010.
“A América Latina é uma região vulnerável que está aberta ao populismo e a regimes antidemocráticos, com um claro retrocesso das democracias”, alerta o documento.
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Em 2023, o país com maior apoio à democracia é o Uruguai, com 69%, seguido da Argentina, com 62%, Chile, 58%, e Venezuela, com 57%.
“A Argentina está em uma ótima situação, muito melhor do que aparenta na opinião política e na crise econômica. De acordo com esses dados, nenhum populista poderia ser eleito na Argentina”, disse Marta Lagos.
O país terá eleições gerais em 22 de outubro.
Já a Republica Dominicana é o país com maior apoio ao autoritarismo, com 21%, seguido de Peru, com 17%, e Costa Rica, com 16%.
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Na faixa dos 20%, os jovens entre 16 e 25 anos são os que mais mostram adesão a um regime autoritário frente a 13% das pessoas com mais de 61 anos, de acordo com o Latinobarómetro.
A pesquisa mostra que 43% dos jovens (entre 16-25 anos) apoia a democracia, enquanto entre os maiores de 61 o apoio chega a 55%.
A pesquisa foi realizada entre 20 de fevereiro e 18 de abril e tem uma margem de erro de 3%.
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