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Ataques de Israel em Gaza matam 13, incluindo três líderes da Jihad Islâmica

Treze palestinos, incluindo três líderes da Jihad Islâmica e crianças, de acordo com as autoridades locais, morreram nesta terça-feira (9) em ataques aéreos executados por Israel contra a Faixa Gaza.

O exército israelense anunciou que mobilizou 40 aeronaves para a operação contra três comandantes das Brigadas Al Qods, braço armado da Jihad Islâmica, em Gaza e em Rafah, na fronteira com o Egito.

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“Alcançamos os objetivos que pretendíamos”, declarou Richard Hecht, porta-voz do exército.

A Jihad Islâmica, grupo considerado “terrorista” por Israel, União Europeia (UE) e Estados Unidos, confirmou as mortes dos três dirigentes.

Eles foram identificados como Yihad Ghannam, comandante das Brigadas Al Qods para a Faixa de Gaza, Khalil al Bahtini, membro do conselho e comandante para o norte do território, e Tareq Ezzedine, “comandante de ação militar” do movimento na Cisjordânia ocupada, que coordenava seu trabalho a partir de Gaza.

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Os ataques israelenses em Gaza deixaram 13 mortos no total, incluindo quatro crianças, e 20 feridos, informou o ministério da Saúde do território controlado pelo movimento islâmico Hamas.

O exército de Israel pediu aos moradores que estão em uma área a 40 quilômetros da fronteira com Gaza que permaneçam perto dos abrigos antiaéreos até quarta-feira à noite, para evitar eventuais lançamentos de foguetes palestinos.

Um correspondente da AFP viu o corpo Ghannam no necrotério de um hospital de Rafah. Em Gaza, um edifício foi atingido pelos bombardeios e teve a parte superior destruída.

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“Fizemos o possível para concentrar os bombardeios contra os combatentes”, respondeu Hecht ao ser questionado sobre a morte de menores de idade nos ataques.

“Se aconteceram mortes trágicas, nós vamos investigar”, acrescentou.

A Jihad Islâmica criticou a ação, que chamou de “crime sionista covarde”, e prometeu que “a resistência vingará os dirigentes” assassinados.

Daoud Shehab, comandante do movimento em Gaza, afirmou que “todas as cidades e colônias” israelenses ficarão “sob fogo”.

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Um porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, disse à AFP que Israel é responsável pelas “consequências da escalada”.

Trégua

Os bombardeios começaram pouco depois das 2H00 (20H00 de Brasília, segunda-feira) e duraram quase duas horas.

Os ataques acontecem menos de uma semana depois do anúncio de uma trégua, alcançada com a mediação do Egito após uma nova escalada da violência entre o exército israelense e a Jihad Islâmica.

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Os confrontos começaram após a morte de Khader Adnan, um dirigente do movimento islâmico que passou mais de 80 dias em greve de fome em uma penitenciária israelense.

Em comunicados separados para cada um dos líderes da Jihad Islâmica mortos, o exército afirma que “continuará trabalhando para a segurança dos civis no Estado de Israel”.

As notas apresentam Ghannan como “um dos principais membros da organização, que era responsável por coordenar as transferências de armas e dinheiro entre a organização terrorista Hamas e a Jihad Islâmica”.

Bahtini, por sua vez, foi apontado como “responsável pelos lançamentos de foguetes contra Israel no mês passado”.

Ezzedine “planejou e comandou vários ataques contra civis israelenses” na Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967. Ele foi condenado a 25 anos de prisão por envolvimento em atentados suicidas, mas foi liberado em uma troca de prisioneiros em 2011 e expulso para Gaza.

“Já estava na hora”, escreveu o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, no Facebook. “Nosso pedido de uma resposta ofensiva foi atendido”, acrescentou, antes de expressar o desejo de que “a política agressiva continue a longo prazo”.

Na Cisjordânia, o exército executou uma operação em Nablus. Um adolescente de 14 anos foi ferido por tiros das tropas israelenses e levado para o hospital, informou o ministério das Saúde palestino.

As vítimas desta terça-feira elevam a 121 o número de palestinos mortos desde o início de 2023 no conflito israelense-palestino. No mesmo período morreram 19 israelenses, uma ucraniana e um italiano, de acordo com um balanço da AFP baseado nas informações divulgadas pelas fontes oficiais dos dois lados.

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