Ativista sueca Greta Thunberg é condenada à multa por desobedecer a polícia

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg foi condenada, nesta segunda-feira (24), a uma multa por ter desobedecido à polícia durante uma manifestação em que o porto de Malmö foi bloqueado, em um julgamento realizado nessa cidade do sul da Suécia.

Em 19 de junho, Thunberg “participou de uma manifestação que interrompeu o trânsito” e “recusou-se a obedecer às ordens da polícia, que pediu que deixasse o local”, segundo a ficha de acusação, vista pela AFP. “É correto que eu estava naquele lugar naquele dia, e é correto que recebi uma ordem que não dei ouvidos, mas quero negar o crime”, disse Thunberg ao tribunal quando questionada sobre as acusações contra ela.

PUBLICIDADE

Thunberg afirmou que agiu por necessidade, devido à “emergência climática”. Após um curto julgamento, o tribunal a condenou a uma multa de 1.500 coroas suecas (144 dólares, 687 reais na cotação atual) e a pagar 1.000 coroas suecas (96 dólares, 458 reais) a um fundo sueco para vítimas de crimes.

A ação foi organizada pela ONG ambientalista Ta Tillbaka Framtiden (“Peça o Futuro”, em tradução livre), cujos militantes bloquearam a entrada e a saída do porto de Malmö para protestar contra o uso de combustíveis fósseis.

“Não vamos bater em retirada”, reagiu a ativista após o anúncio do veredicto. “É um absurdo que quem age com base em dados científicos, quem bloqueia a indústria dos combustíveis fósseis, é quem tem que pagar o preço”, acrescentou.

PUBLICIDADE

A ONG Ta Tillbaka Framtiden indicou que sua determinação de combater a indústria de combustíveis fósseis permanece intacta. “Se o tribunal decidir considerar nossa ação (interromper o trânsito) um crime, eles podem fazê-lo, mas sabemos que temos o direito de viver, e a indústria de combustíveis fósseis viola esse direito”, disse Irma Kjellström à AFP. Ela especificou que um total de seis militantes da organização devem ser julgados pela ação no porto de Malmö.

“Nós, jovens, não vamos esperar, vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para travar esta indústria que queima as nossas vidas”, acrescentou, reivindicando o modo de atuação da desobediência civil.

Rolar para cima