Há duas semanas, a Academia organizou uma cerimônia em seu novo museu de Los Angeles para prestar homenagem a Littlefeather e pedir desculpas públicas pelo tratamento que ela recebeu na cerimônia do Oscar há quase 50 anos.
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Sacheen Littlefeather, que era apache e yaqui, foi vaiada na cerimônia da Academia em 1973, na primeira transmissão ao vivo para todo o mundo, quando explicou que Brando, a quem ela representava, recusava o Oscar de melhor ator por “O Poderoso Chefão” devido ao “tratamento reservado aos nativos americanos pela indústria cinematográfica”. Brando pediu à atriz que rejeitasse o prêmio em seu nome como gesto de protesto.
Durante a homenagem, no dia 17 de setembro, a atriz afirmou que naquela ocasião ela subiu ao palco “como uma mulher indígena orgulhosa, com dignidade, com coragem, com graça e com humildade”. “Eu sabia que tinha que dizer a verdade. Algumas pessoas podiam aceitar. E outras não”, disse.
Ela também afirmou que o astro John Wayne teve que ser contido para não agredi-la fisicamente quando deixava o palco. Sacheen Littlefeather era membro do Screen Actors’ Guild, o sindicato dos profissionais de cinema, e teve dificuldade para encontrar trabalho em Hollywood, já que os diretores de elenco foram pressionados a deixá-la de fora das produções. A atriz, que teve câncer de mama, morreu no domingo, anunciou a Academia.
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(Com AFP)