Avião que combatia incêndios cai na Grécia

Um avião bombardeiro de água, com duas pessoas a bordo, caiu nesta terça-feira (25) na ilha de Eubeia, enquanto combatia incêndios florestais que queimam na Grécia, sufocada por altas temperaturas há 10 dias.

Esses incêndios, alimentados por ventos fortes, atingem também a Argélia, outro país do perímetro mediterrâneo particularmente exposto ao aquecimento global e onde já morreram 34 pessoas.

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Na França, uma região do sudeste está sob nível máximo de vigilância devido ao risco “muito alto” de incêndios florestais em comparação com outras épocas do verão, segundo o serviço meteorológico.

Na ilha grega de Eubeia, perto de Atenas, um avião caiu, “enquanto combatia um incêndio em Platanisto”, uma cidade da ilha, informou a Força Aérea grega, que mobilizou dois helicópteros para as operações de resgate no local do acidente.

Segundo as primeiras informações das autoridades, os dois pilotos pertenciam à Força Aérea e estão desaparecidos.

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O avião, que trabalhava com outras três aeronaves e uma centena de bombeiros na ilha perto de Atenas, caiu em uma ribanceira.

O canal de televisão estatal ERT transmitiu um vídeo do avião no momento do acidente, desaparecendo atrás das chamas e da espessa fumaça preta.

O primeiro-ministro grego, Kyriacos Mitsotakis, considerou que o combate aos incêndios vai ser “difícil”.

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“Vivemos os reflexos da crise climática”, disse o presidente. “Temos pela frente um verão difícil”, afirmou ao conselho de ministros, segundo imagens da ERT.

Na capital grega, que enfrenta um calor extremo há mais de uma semana, o termômetro chegou a 41°C, e no centro do país, a 44°C, segundo a agência meteorológica nacional EMY.

Este país mediterrâneo, acostumado às altas temperaturas do verão, sofre uma das ondas de calor mais longas dos últimos anos, segundo os especialistas.

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As altas temperaturas, aliadas aos fortes ventos que chegam às vezes a 60 km/hora no mar Egeu, provocaram grandes incêndios durante oito dias.

Segundo estimativas do braço grego da ONG World Wide Fund for Nature (WWF), 35 mil hectares de floresta e vegetação foram destruídos na semana passada no país.

Os incêndios são especialmente devastadores em ilhas turísticas, como Rodes, na costa turca, e no outro lado do país, Corfu, no mar Jônico, em meio à alta temporada.

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A região Aigio, na península ocidental do Peloponeso, também preocupa os bombeiros.

“Trágico”

Em Rodes, onde foi realizada no fim de semana uma operação de evacuação inédita de cerca de 30 mil turistas e habitantes, mais de 266 bombeiros ainda tentam conter os incêndios pelo oitavo dia consecutivo.

“O que está acontecendo é trágico. A cidade recebeu ordem de evacuação, mas não pode ser abandonada. Estamos lutando para proteger nosso lugar”, disse à AFP Vassilis Kalabodakis, presidente da comuna de Vati, no sudeste de Rodes.

Outros expressaram sua raiva, considerando-se abandonados pelo Estado.

“Não há nada pior do que o que acabamos de enfrentar”, disse Christos Kitsos. Para este morador da ilha, funcionário de um hotel de luxo, “as autoridades falharam. O prefeito, o governador, o governo. Todos!”

“Há uma total falta de organização, não nos dão nenhuma informação. Estamos em alta temporada, há 200 mil turistas na ilha e nos viramos sozinhos. Eles nos abandonaram. Uma vergonha!”, insistiu o homem de 34 anos.

Solidariedade

A várias dezenas de quilômetros, no norte da ilha, voluntários ajudam turistas estrangeiros resgatados no sábado, que estão acampados há dois dias em uma escola.

Cerca de 200 ainda estão lá depois de terem que fugir no sábado e no domingo de hotéis e casas de férias, ameaçados pelas chamas.

“Não consigo acreditar que eles sejam tão amáveis, nos dão tanto, em todos os sentidos. Estou muito emocionada”, disse Christine Moody, uma turista britânica de 69 anos em suas primeiras férias na Grécia.

No outro extremo do país, no norte de Corfu, onde cerca de 2.500 pessoas foram evacuadas preventivamente entre domingo e segunda-feira, 62 bombeiros, um helicóptero e dois bombardeiros de água combatem os incêndios, segundo os bombeiros.

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