O balão espião chinês abatido por um caça dos Estados Unidos sobre o Atlântico em fevereiro não coletou dados de inteligência ao sobrevoar o país, afirmou o Pentágono nesta quinta-feira (29).
“Nossa avaliação agora é de que ele não coletou [dados] enquanto estava transitando pelos Estados Unidos ou sobrevoando os Estados Unidos”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa, Pat Ryder.
Segundo Ryder, os EUA tomaram medidas para mitigar a atuação do balão. “Certamente os esforços que fizemos contribuíram” para isso, observou, sem dar detalhes.
O enorme balão repleto de eletrônicos sobrevoou o território americano do Alasca à Carolina do Sul, entre o fim de janeiro e o início de fevereiro deste ano, e passou por cima de instalações militares, gerando preocupações de que Pequim estivesse recolhendo dados vitais de inteligência.
Até que, em 4 de fevereiro, o artefato foi derrubado perto da costa da Carolina do Sul e recuperado do oceano Atlântico pelas forças armadas americanas, que estão estudando seu conteúdo desde então.
O incidente despertou tensões nas relações entre Pequim e Washington. Uma viagem do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à China destinada a fortalecer os laços entre os países, marcada para fevereiro havia tempo, foi cancelada.
A China negou que o balão tivesse como objetivo coletar informações de inteligência e disse que havia se desviado de sua rota ao entrar no espaço aéreo dos Estados Unidos.
No início de junho, pouco antes da visita reagendada de Blinken a Pequim, na qual ele encontrou o presidente Xi Jinping, a Casa Branca buscou minimizar o episódio.
“Não acho que a liderança [chinesa] sabia onde estava e sabia o que havia nele e sabia o que estava acontecendo”, disse o presidente Joe Biden. “Acredito que tenha sido mais constrangedor do que intencional.”
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