Em depoimento aos policiais, o suspeito disse o atentado foi planejado por integrantes de atos em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorrem no quartel-general do Exército, em Brasília. Afirmou ainda que o a instalação da bomba tinha o objetivo de “dar início ao caos” e que pretendia alcançar a decretação de estado de sítio no país – quando há restrição de direitos e à atuação de Legislativo e Judiciário.
PUBLICIDADE
Um arsenal – duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, além de centenas de munições e cinco emulsões explosivas – foi apreendido em um apartamento alugado por ele no Sudoeste, bairro de Brasília.
“Tem outras pessoas envolvidas que serão identificadas e presas” , disse o diretor-geral da Polícia Civil do DF, delegado Robson Cândido, em entrevista coletiva. “Ele queria, o grupo dele, gostaria de chamar a atenção, justamente ir para o aeroporto explodir lá esse artefato para causar um tumulto dentro da nossa cidade com esse objetivo ideológico deles, político”, disse.
De acordo com a polícia, o homem que confessou ter montado um explosivo na Estrada Parque Aeroporto, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, é um empresário de 54 anos que viajou do Pará a Brasília para participar das manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O artefato explosivo foi encontrado à margem da pista de rolamento, no gramado de um canteiro central
PUBLICIDADE
Segundo Cândido, houve tentativa de acionamento da bomba, mas o artefato não explodiu. Para ele, o empresário queria implantar o “caos”. “Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente e estão imbuídos nessa missão, segundo eles ideológica. Isso é um ato que nunca existiu em Brasília. Se esse material adentrasse o aeroporto seria uma tragédia jamais vista. A intenção deles era explodir (a bomba) e causar esse tumulto baseado nessa ideologia”, afirmou o delegado.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que acionou a Polícia Federal para participar da investigação.
O futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, também se manifestou e fez elogios à polícia pela operação:
PUBLICIDADE
Flávio Dino afirmou, ainda, que os procedimentos de segurança da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva serão reavaliados e reforçados após a tentativa de ato terrorista com um dispositivo explosivo em Brasília.
(Com Estadão Conteúdo)
Leia também: