“Mas será que a gente não vai ter paz?”, perguntava a enfermeira que preferiu não ser identificada, ao ser surpreendida pela carreata bolsonarista no cruzamento da rua Veiga Filho com a avenida Angélica, entre a Santa Cecília e o bairro nobre de Higienópolis.
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Espantada com a imagem de ocupantes dos carros – exibindo as cores verde e amarelo da bandeira como símbolo do bolsonarismo – a enfermeira preferiu não se manifestar com gestos ou palavras. Mesmo assim, recebeu um xingamento de uma mulher com o rosto pintado de azul, que passava dentro de um dos veículos.
Do outro lado da rua, um grupo de trabalhadores do comércio local respondia com “vagabundos”, “Bolsonaro acabou”, “É Lula”. Outro grupo de estudantes fazia piada e assinalava com o “L” para a carreata, na descida da Angélica.
Uma motocicleta, com homem fardado, fechou o cruzamento da rua Veiga Filho com a avenida Angélica, para manter o comboio passando pela avenida, mesmo com o semáforo no vermelho.
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Um motoboy discutia com o homem fardado. Na calçada, um popular gritava: “Aqui é Lula, vão trabalhar!”.
Convocação nas redes sociais
As carreatas foram convocadas nas redes sociais por apoiadores de Bolsonaro. Saíram do “QG” do Ibirapuera, o Comando Militar Sudeste:
Reação a desmonte dos quartéis?
Em um grupo de WhatsApp de moradores da Santa Cecília uma pessoa questionava: “será que isso é reação ao desmonte dos quartéis?”
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Nas redes sociais, nesta sexta-feira (6), circularam vários vídeos mostrando reações violentas de apoiadores de Bolsonaro reagindo à ações de “despejo” dos acampamentos em frente aos quartéis. Em um deles, uma equipe de reportagem da Band foi alvo da agressividade dos acampados.
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