Bolsonaro, a ex-primeira-dama e outros cinco colaboradores foram convocados ao prédio da PF às 11h00 (horário de Brasília), confirmou à AFP o advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten, um dos convocados como ex-chefe de comunicação do ex-presidente.
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Um fotógrafo da AFP confirmou a chegada de vários veículos à sede da polícia minutos antes das 11h. Segundo a imprensa local, Bolsonaro estava dentro de um deles.
Os investigadores suspeitam que o casal e os outros convocados para depor participaram de um esquema de venda de presentes oficiais recebidos de países estrangeiros para o “enriquecimento ilícito” do ex-presidente (2019-2022).
O caso poderia configurar crime de lavagem de dinheiro e peculato (apropriação de patrimônio público), passíveis de prisão.
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Eles responderão simultaneamente às perguntas dos investigadores, estratégia que pretende expor possíveis contradições entre os depoimentos.
As autoridades querem saber se houve de fato desvio de vários conjuntos de joias doadas pela Arábia Saudita, algumas das quais entraram irregularmente no Brasil em 2019. Entre elas, um relógio de luxo que teria sido vendido e depois comprado de volta nos Estados Unidos.
Há duas semanas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo bancário do ex-presidente e de sua esposa Michelle para investigar possíveis movimentações de dinheiro relacionadas com o caso.
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Bolsonaro negou ter cometido qualquer crime em seu depoimento anterior, em abril, perante a Polícia Federal.
Da mesma forma, Michelle ironizou neste fim de semana sobre seu envolvimento no caso.
“Vocês pediram tanto, falaram tanto de joias que em breve teremos lançamento. ‘Mijoias’ para vocês”, disse a ex-primeira-dama em tom de deboche sobre a investigação.
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Para o ex-presidente, declarado inelegível por oito anos em junho por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para desinformar sobre o sistema eleitoral, este é o quinto depoimento desde que deixou a presidência, em 31 de dezembro.
Bolsonaro já foi interrogado pela polícia sobre a questão das joias, sobre os atos golpistas de apoiadores no dia 8 de janeiro, sobre um suposto plano de golpe de Estado e por supostamente ter falsificado certificados de vacinação da covid-19.
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