Johnson, de 58 anos, foi obrigado a renunciar em julho do ano passado devido a uma série de escândalos, entre eles as festas ilegais celebradas em seus escritórios de Downing Street durante os confinamentos.
PUBLICIDADE
O jornal The Times informou na terça-feira que um departamento do governo, o escritório do gabinete, transmitiu à polícia novas informações que surgiram durante a investigação sobre a gestão da crise de saúde.
A polícia de Londres informou que está “avaliando” as evidências de “potenciais” violações de Downing Street entre junho de 2020 e maio de 2021.
A Scotland Yard também recebeu informações sobre eventos ocorridos em Chequers, a casa de campo dos primeiros-ministros britânicos.
PUBLICIDADE
As novas acusações foram anunciadas pouco antes de uma comissão parlamentar, que investiga se Johnson mentiu intencionalmente ao Parlamento quando afirmou que todas as regras foram respeitadas, anunciar suas conclusões.
Os advogados do ex-primeiro-ministro escreveram à polícia para “explicar em detalhes por que as alegações do gabinete estão completamente erradas”, afirma um comunicado.
“Nenhum contato foi feito com Johnson antes que as alegações incorretas fossem apresentadas (…). Isso é estranho e inaceitável”, acrescenta a nota.
PUBLICIDADE
“Qualquer que seja o objetivo político, está claro que esta é uma tentativa de prolongar o inquérito (parlamentar) à medida que se aproxima do fim e de enfraquecer Johnson”, conclui o comunicado.
Um porta-voz de Johnson citado por vários veículos de comunicação britânicos chamou as novas acusações de “fraude politicamente motivada” e acusou “pessoas dentro do governo”.
O ex-primeiro-ministro foi interrogado em março por mais de três horas pela comissão que investiga as festas de Downing Street.
PUBLICIDADE
Johnson garantiu “com a mão no coração” que não mentiu ao Parlamento. Caso seja comprovado o contrário, ele poderá perder a cadeira de deputado.