A Rússia deu início na sexta-feira, 1º de julho, ao julgamento da atleta presa no país portando "quantidades significativas" de óleo de haxixe. Se condenada, Griner pode pegar até 10 anos de prisão.
Brittney Griner, de 31 anos, é uma atleta profissional de basquete e bicampeã olímpica pelos Estados Unidos. Atualmente, ela joga no time UMMC Ekaterinburg, da Rússia, e também no Phoenix Mercury, da Liga Feminina de Basquete (WNBA) dos EUA. Por conta da desigualdade salarial esportiva no país, Griner joga no exterior durante a entressafra do torneio norte-americano para ampliar seus contratos.
Griner foi presa no dia 17 de fevereiro deste ano em um aeroporto de Moscou, na Rússia. Autoridades do país alegaram que ela transportava “quantidades significativas” de óleo de haxixe, um derivado da maconha, em sua bagagem. A prisão foi feita uma semana antes do início da guerra na Ucrânia.
No início de maio, o governo norte-americano declarou que Griner foi “detida injustamente”, acrescentando que iria fornecer apoio para que ela retornasse aos Estados Unidos.
Artistas, atletas e familiares de Griner têm se mobilizado por meio do movimento We Are BG (“Somos BG”, em tradução livre) para trazer Brittney Griner de volta aos Estados Unidos – principalmente exigindo que o país se envolva mais diretamente com o caso.
Considerado um dos maiores jogadores de basquete dos últimos tempos, LeBron James publicou um apelo em seu perfil no Twitter: “Precisamos nos unir e ajudar no que for possível para trazer BG para casa de forma rápida e segura! Nossas vozes como atletas são mais fortes juntas”.
Segundo uma reportagem do The New York Times, o governo russo tem interesse em realizar uma ‘troca de prisioneiros’. A proposta seria libertar Griner, enquanto os Estados Unidos devolveriam Viktor Bout, conhecido como “mercador da morte”.
Bout cumpre uma sentença de 25 anos nos EUA por tráfico de armas. Sua história inspirou o personagem do filme “O Senhor das Armas”, protagonizado por Nicolas Cage.
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