Chefe do grupo Wagner estava na lista de passageiros do avião que caiu na Rússia

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Evgueni Prigozhin, que liderou uma rebelião abortada contra o Kremlin em junho, está na lista de passageiros do avião que caiu na Rússia, informaram agências de notícias russas nesta quarta-feira (23).

Segundo as agências Ria Novosti, TASS e Interfax, citando o órgão russo de transporte aéreo, Rossaviatsia, o nome de Evgueni Prigozhin aparece na lista de passageiros deste avião que faria o voo entre Moscou e São Petersburgo.

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“Havia dez pessoas a bordo, incluindo três tripulantes. Segundo as primeiras informações, todas as pessoas a bordo morreram”, informou o Ministério russo de Situações de Emergência, um pouco antes, no Telegram.

Segundo a mesma fonte, este avião, um Legacy, da Embraer, caiu perto da localidade de Kuzhenkino, na região de Tver, a noroeste de Moscou.

“O Ministério russo para Situações de Emergência está realizando operações de busca”, completou.

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Vídeos, cuja autenticidade a AFP ainda não pôde confirmar, foram divulgados em vários canais do Telegram, dizendo-se ligados ao Wagner. As imagens mostram destroços em chamas em um campo, ou uma aeronave caindo do céu.

Prigozhin esteve por trás de uma rebelião, em junho, contra o Estado-Maior russo e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, liderada por seus homens, que capturaram brevemente locais militares no sul da Rússia antes de seguirem para Moscou.

O líder do Wagner desistiu rapidamente desse motim, ocorrido em meio ao conflito na Ucrânia. A rebelião terminou na noite de 24 de junho, com um acordo que previa a partida de Prigozhin para Belarus. Pelo mesmo pacto, seus combatentes poderiam se juntar a ele no país vizinho, somar-se ao Exército regular russo, ou retornar à vida civil.

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Na noite de segunda-feira (22), Prigozhin apareceu em um vídeo publicado por grupos próximos a Wagner nas redes sociais, dizendo estar na África. Em uma paisagem desértica, afirmou que estava trabalhando para “tornar a Rússia ainda maior em todos os continentes, e a África, ainda mais livre”.

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