Relatório da ONU acusa China de violar direitos humanos dos uigures - minoria muçulmana - em Xinjiang. Autoridades chinesas negam as acusações e dizem que o documento é uma "farsa" organizada pelas potências ocidentais.
O chefe da diplomacia americana – Antony Blinken – saudou, nesta quinta-feira (1), o relatório das Nações Unidas (ONU), que destaca abusos dos direitos humanos na região autônoma chinesa de Xinjiang, e exigiu que Pequim preste contas pelo “genocídio”.
“Este relatório reforça e reafirma nossa grave preocupação com o genocídio e os crimes contra a humanidade que as autoridades governamentais da República Popular China estão cometendo contra os uigures”, disse Blinken em nota.
A ONU divulgou um relatório há muito esperado sobre os abusos aos direitos humanos na região chinesa de Xinjiang, alertando sobre possíveis “crimes contra a humanidade” contra os uigure.
Na conclusão do relatório, afirma-se que as violações foram cometidas pelo governo, sob a justificativa de estar colocando em prática medidas contraterrorismo e contra-extremismo.
O documento foi publicado na quarta-feira (31) pelo Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), na sequência da visita realizada em maio pela alta comissária Michelle Bachelet. (ONU News)
A embaixada chinesa em Genebra reagiu com uma longa resposta ao relatório. O país acusou o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) de atuar como “bandido e cúmplice” dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que afirmou que o relatório sobre a violação dos direitos dos uigures na região de Xinjiang é uma “ferramenta política”.
Entre as graves violações listadas no relatório estão: prisões em massa arbitrárias; torturas e estupros; esterilizações forçadas e abortos; supressão da liberdade religiosa; e trabalho forçado.
(Com AFP)
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