Em 2023, já tivemos passagens marcantes de Coldplay, Billie Eilish, Lil Nas X, Paramore e muito mais pelos palcos brasileiros, mas a lista que mais impressiona é a de shows que ainda estão por vir: 5 Seconds of Summer, Bruno Mars, Demi Lovato, The Weeknd, Red Hot Chili Peppers e RBD.
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E detalhe: esses são só os artistas que já confirmaram data, porque, de acordo com jornalistas especializados, Beyoncé e Madonna também podem vir para o Brasil este ano.
Acontece que com tantos shows, o discurso do pessoal nas redes sociais parece ter mudado. Afinal, com tanto “Come to Brazil”, os artistas decidiram vir ao país. O problema é que todo mundo decidiu vir ao mesmo tempo. 😅
esse ano realmente olharam pra gente e falaram TOMA ESSA SEUS COME TO BRAZIL
— fa-clube roman roy (@reisbarbara_) May 19, 2023
Por trás do ‘Come to Brasil‘
A principal explicação para a imensidão de shows que estão ocorrendo no país é o efeito pós-pandemia. Foram anos em que o entretenimento ao vivo se tornou segundo, terceiro, quarto plano. As pessoas tinham outras preocupações, estavam apavoradas e a ideia de sair de casa começou a se tornar inimaginável.
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A partir do momento em que as coisas voltaram ao ‘normal’ e os shows retomaram, todo mundo começou a correr atrás do tempo perdido. Além disso, vários projetos que estavam atrasados saíram do papel em 2023.
Comunicado oficial: Meu cartão de crédito encerrou suas atividades no setor de cultura. Ingressos para show, agora só ano q vem.
— 🏍️Papi Chulo (@Vernochi_) May 23, 2023
Artistas, please, don't come to Brazil! ✨🙏✨
O intervalo de três anos entre a paralisação pandêmica e a retomada total dos shows implicou também em um choque financeiro grande. Ou seja, os ingressos estão muito mais caros do que eram lá em 2019. O MITA, por exemplo, que começou no último final de semana (27) no Rio de Janeiro, teve ingressos de pista premium por até R$ 1.990.
As produtoras de eventos explicam que as passagens aéreas para os músicos e suas equipes estão duas vezes mais caras do que antes da pandemia, mas diz que, assim como no MITA, aplica uma política de ingresso social — os fãs podem pagar mais barato mediante doação de alimentos, ração ou parcerias com instituições de caridade.
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Já a produtora A NoiX pontua como causa dos ingressos caros os altos custos com hospitalidade de artistas e equipe, e revela que, mesmo com 80% dos ingressos de um evento vendidos, a empresa ainda pode sofrer prejuízo.
Diante disso, tem muito fã se endividando para conseguir comprar ingressos – tudo isso por medo do seu ídolo demorar para voltar ao país. Agora, quem não quer ficar com o nome sujo vai ter que torcer para que os artistas gringos ouçam a nova mensagem das redes sociais, assim como ouviram a antiga: “Please, stop coming to Brasil”.