Começou nesta segunda (10) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que pretende imunizar até 31 de maio, pelo menos 90% do público prioritário: pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a 5 anos de idade, trabalhadores da saúde, professores, gestantes e puérperas, além de comunidades tradicionais, pessoas com comorbidades, deficiências e trabalhadores de algumas categorias específicas, como transporte e sistema prisional.
Em tempos de desinformação e negacionismo, é importante frisar: as vacinas são seguras e a melhor forma de se proteger contra a circulação de vírus que costumam causar doenças no outono.
A vacina contra o vírus da Influenza, que causa gripe, é um imunizante trivalente produzido pelo Instituto Butantan com duas cepas de Influenza A e uma de Influenza B.
O Ministério da Saúde estima vacinar 79,5 milhões de pessoas em todo o país e, por isso, distribuiu 80 milhões de doses.
No estado de São Paulo, onde apenas 69% do público-alvo foram imunizados no ano passado, a meta é atingir 18,4 milhões de pessoas neste ano. No estado do Rio de Janeiro, espera-se vacinar 6,9 milhões de pessoas.
“Depois que a gente se vacina, a gripe até pega, mas vem mais leve. Todo ano eu me vacino e, graças a Deus, ela vem mais leve”, conta o aposentado Adão Eusébio Francisco, de 84 anos, que se vacinou hoje no centro do Rio de Janeiro. (Com informações da Agência Brasil)
Os idosos e as crianças são os mais afetados por vírus que provocam casos mais graves de gripe, comuns nessa época do ano. E pior: a covid-10 “bagunçou” a sazonalidade do Vírus Sincicial Respiratório (VCR), um dos maiores vilões das crianças entre zero e 4 anos, de acordo com a Fiocruz.
De acordo com o último boletim Infogripe, em 15 estados, já houve aumento no número de novas internações de crianças por (VSR).
O vírus sincicial respiratório (VSR) esteve presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no Brasil nos primeiros três meses de 2023, quando não costuma ser comum, devido ao clima mais quente.
No entanto, entre janeiro e março, foram mais de 3,3 mil infecções – dessas, 95% atingiram apenas bebês e crianças de 0 a 4 anos, segundo dados do Ministério da Saúde, coletados e monitorados pelo Infogripe. (G1)
De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde, em 10 de fevereiro, essa tendência já se mostrava forte:
Nos adultos, a preocupação continua sendo o crescimento de internações por covid-19, com risco muito maior para aqueles que em atraso com a vacinação ou que sequer tomaram a primeira dose da vacina contra a doença.
Até o momento, esta tendência pode ser observada em 10 estados. A análise tem com base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 27 de março e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 12, período de 19 a 25 de março.
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