O navio comercial norte-coreano teria cruzado a Linha Limítrofe Norte, perto da ilha de Baengnyeong, às 3h42 (17h42 de Brasília no domingo), mas recuou para o Norte após os disparos da Marinha sul-coreana, informou autoridades da Coreia do Sul em um comunicado.
PUBLICIDADE
“As provocações contínuas e afirmações imprudentes do Norte minam a paz e a estabilidade na península da Coreia e na comunidade internacional”, completa a nota.
A acusação do exército da Coreia do Norte foi que um navio militar sul-coreano “invadiu” a fronteira por entre 2,5 e 5 quilômetros poucos minutos depois, e isso motivou 10 disparos de advertência em resposta.
Visão norte-coreana
“Unidades de defesa da costa na frente ocidental (…) adotaram uma contramedida inicial para expulsar à força o navio de guerra do inimigo ao disparar 10 projéteis de lança-foguetes múltiplos em direção às águas territoriais onde foi detectado o movimento naval inimigo”, afirmou um porta-voz da Coreia do Norte em um comunicado.
PUBLICIDADE
“Mais uma vez advertimos com veemência os inimigos que realizaram provocações marítimas, além dos disparos de artilharia e das transmissões por alto-falantes transfronteiriços”, acrescentou a fonte norte-coreana.
Fatos
Desde o fim da Guerra da Coreia em 1953, nunca foi estabelecida a fronteira marítima entre os países. A área é considerada um ponto de conflito e foi cenário de vários confrontos ao longo dos anos.
Nas últimas semanas as tensões aumentaram com vários lançamentos de mísseis e disparos de artilharia por parte da Coreia do Norte, considerados uma provocação pela Coreia do Sul e pelo Japão.
PUBLICIDADE
Pyongyang aumentou drasticamente nos últimos meses os exercícios militares, enquanto Seul e Washington afirmam que o regime do líder norte-coreano Kim Jong Un está próximo de executar o sétimo teste nuclear do país.
A troca de advertências desta segunda-feira (24) aconteceu no dia em que a subsecretária americana de Estado visita o Japão e participa em uma reunião trilateral com Tóquio e Seul, em uma demonstração de unidade diante de Pyongyang.
(Com AFP)