Covid-19: novas versões de vacinas Pfizer e Moderna são autorizadas pelos EUA

As autoridades de saúde dos Estados Unidos aprovaram novas versões das vacinas anticovid dos laboratórios Pfizer e Moderna contra a variante ômicron. A medida busca conter uma possível nova onda de contágios no outono e no inverno do hemisfério Norte.

Publicado por
João Caminoto

Foram liberadas as doses de reforço das duas vacinas atualizadas. No caso da Pfizer, para pessoas a partir de 12 anos, e para receber o imunizante da Moderna, acima dos 18. O anúncio da autorização foi feito pela agência americana reguladora de medicamentos (FDA, na sigla em inglês), nesta quarta-feira (31).

A FDA é um órgão equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos Estados Unidos. As novas versões dos fármacos podem estar disponíveis no país na próxima semana. 

Como funcionam as vacinas

A nova geração de vacinas é voltada tanto para a cepa original da covid-19 como para as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron. Esta última linhagem representa quase 90% das infecções nos Estados Unidos.

Portanto, os imunizantes devem “oferecer maior proteção contra a variante ômicron que circula atualmente”, escreveu a FDA.

No começo do verão, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos anunciou que havia comprado 105 milhões de doses da Pfizer e 66 milhões da Moderna para usar durante o outono e o inverno no hemisfério norte, período em que é comum o aumento da contaminação.

CDC ainda não autorizou

As vacinas ainda não foram recomendadas pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), a principal agência de saúde pública do país. 

Os CDC convocaram um comitê de especialistas independentes para discutir o tema nesta quinta-feira (01/09). Após essas consultas, caberá à diretora da agência – Rochelle Walensky – dar a autorização definitiva aos imunizantes.

Por que foram renovadas?

As vacinas que circulam atualmente foram concebidas para proteger contra a cepa inicial do vírus, que foi reportado pela primeira vez no fim de 2019 em Wuhan, na China. Contudo, com o passar do tempo, os imunizantes perderam eficácia diante das variantes que foram surgindo, devido à rápida evolução do vírus. 

Ao contrário das variantes alfa e delta, que sucumbiram, a ômicron e suas subvariantes passaram a dominar gradualmente os contágios em 2022 em todo o mundo. (CNN) As novas gerações foram produzidas para criar uma restauração da imunidade inicial contra a infecção. Elas também podem auxiliar na proteção contra a “covid longa”, segundo a FDA.

As vacinas de reforço podem ser aplicadas dois meses depois da dose anterior (de reforço, ou do ciclo vacinal inicial). A dose é de 30 microgramas no caso da Pfizer, e de 50 microgramas no caso da Moderna.

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(Com AFP)

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João Caminoto

Jornalista com mais de 30 anos de experiência, ocupei diversos cargos - desde repórter, passando por correspondente internacional até diretor de redação - em diversas casas, como o Estadão, Broadcast, Época, BBC, Veja e Folha. Me sinto privilegiado em ter abraçado essa profissão. Apaixonado pela minha família e pelo Corinthians.

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