“As crianças permanecem na área de pediatria e a evolução de todas é favorável”, de acordo com um boletim do Hospital Militar Central de Bogotá.
PUBLICIDADE
Lesly (13 anos), Soleiny (9), Tien Noriel (5) e Cristin (1) foram os únicos sobreviventes de um acidente de avião em 1º de maio, na Amazônia da Colômbia, mas as equipes de resgate só conseguiram localizá-los na última sexta-feira, frágeis e desnutridos.
Os irmãos da comunidade huitoto demonstraram uma “adequada tolerância ao aumento dos aportes nutricionais”, detalhou o comunicado.
“Apesar de sua evolução apropriada, do ponto de vista infeccioso, considera-se ainda um alto risco devido a seu déficit nutricional e mantém-se uma gestão de patologias infecciosas inerentes às condições adversas que enfrentaram”, acrescentou.
PUBLICIDADE
Três adultos, incluindo a mãe das crianças, morreram no acidente, e os menores ficaram sozinhos em uma região habitada por jaguares, cobras venenosas e outros predadores.
Quase 200 militares e indígenas, além de cães farejadores, foram mobilizados nas operações de busca, que cobriram 2.656 quilômetros.
Segundo familiares, os irmãos sobreviveram graças à Lesly, a mais velha, descrita como “muito inteligente” e com amplo conhecimento da floresta. Durante a jornada, se alimentam basicamente de frutas silvestres e água.
PUBLICIDADE
Além do difícil acesso, a vegetação hostil e os animais selvagens, a Amazônia colombiana tem ainda a presença de rebeldes afastados do acordo de paz de 2016 entre o governo e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O pai das crianças disse que a família viajava no avião para fugir dos rebeldes, que recrutam e aterrorizam os habitantes da área. As chamadas dissidências das Farc negaram, porém, essa versão, na quarta-feira.
Mais de 70 soldados continuam na floresta em busca de Wilson, um cão farejador que se perdeu em meio às buscas. Nas redes sociais, o animal conta com uma onda de mensagens de apoio.
PUBLICIDADE