Créditos da imagem: AFP

Crianças resgatadas na selva colombiana estão melhores de saúde

As quatro crianças indígenas resgatadas após 40 dias sobrevivendo na selva colombiana apresentam uma evolução “favorável” em seu estado de saúde, embora sigam em “alto risco” por possíveis doenças infecciosas, informou nesta quinta-feira (15) o hospital onde elas estão se recuperando.

“As crianças permanecem na área de pediatria e a evolução de todas é favorável”, de acordo com um boletim do Hospital Militar Central de Bogotá.

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Lesly (13 anos), Soleiny (9), Tien Noriel (5) e Cristin (1) foram os únicos sobreviventes de um acidente de avião em 1º de maio, na Amazônia da Colômbia, mas as equipes de resgate só conseguiram localizá-los na última sexta-feira, frágeis e desnutridos.

Os irmãos da comunidade huitoto demonstraram uma “adequada tolerância ao aumento dos aportes nutricionais”, detalhou o comunicado.

“Apesar de sua evolução apropriada, do ponto de vista infeccioso, considera-se ainda um alto risco devido a seu déficit nutricional e mantém-se uma gestão de patologias infecciosas inerentes às condições adversas que enfrentaram”, acrescentou.

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Três adultos, incluindo a mãe das crianças, morreram no acidente, e os menores ficaram sozinhos em uma região habitada por jaguares, cobras venenosas e outros predadores.

Quase 200 militares e indígenas, além de cães farejadores, foram mobilizados nas operações de busca, que cobriram 2.656 quilômetros.

Segundo familiares, os irmãos sobreviveram graças à Lesly, a mais velha, descrita como “muito inteligente” e com amplo conhecimento da floresta. Durante a jornada, se alimentam basicamente de frutas silvestres e água.

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Além do difícil acesso, a vegetação hostil e os animais selvagens, a Amazônia colombiana tem ainda a presença de rebeldes afastados do acordo de paz de 2016 entre o governo e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O pai das crianças disse que a família viajava no avião para fugir dos rebeldes, que recrutam e aterrorizam os habitantes da área. As chamadas dissidências das Farc negaram, porém, essa versão, na quarta-feira.

Mais de 70 soldados continuam na floresta em busca de Wilson, um cão farejador que se perdeu em meio às buscas. Nas redes sociais, o animal conta com uma onda de mensagens de apoio.

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