Nesta segunda-feira, 12 de junho, comemora-se o Dia dos namorados. A data costuma ser bem explorada do ponto de vista comercial, com o setor de comércio e serviços cheios de pacotes para casais. Mas, com o desemprego ainda alto no Brasil, talvez falte verba para aquele presente ou programinha especial. Já pensou em escrever uma carta de amor? Além de ser mais pessoal e eternizar aquelas trocas feitas em tuítes e zaps "perdidos" no tempo, a escrita pode ser um jeito simples e criativo de presentear o seu amor.
“A escrita à mão é única e intransferível. Você pode copiar e colar um texto do Whatsapp mas jamais terá algo com a letra do seu namorado, esposo. O ser humano sempre escreveu cartas e gosto de citar a de Paulo aos Coríntios: “ainda que falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada teria”, explica a escritora Ivy Farias, que também é advogada e jornalista, e desenvolve projetos de escrita de diversas formas, incluindo as cartas de amor. Ela produz por encomenda e também ensina a escrever esse gênero “romântico”.
A ideia de fazer um projeto sobre a escrita de cartas surgiu quando Ivy morava em Paris. Os correios franceses ensinam a escrever cartas de amor. “Quando vi isso, pensei: ‘o amor não tem língua, posso fazer o mesmo em português!’. Vejo com muita simpatia esta iniciativa quando acabamos perdendo o poder e a força de algo tão simples e singelo mas inigualável”, complementa.
Nesta segunda-feira, dia 12 de junho, a escritora participa de um projeto da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) em Santo André, na Grande São Paulo, que se propõe a ensinar e escrever (para quem não pode fazer por si) cartas de amor. Quem passar pelo terminal poderá participar do projeto.
“Acredito que as pessoas vão se emocionar ao lembrar das cartas escritas pelos pais e avós. Também estarei acompanhada de duas psicólogas muito habilidosas em lidar com público: há diversos estudos sobre a escrita terapêutica e acredito que a recepção será positiva neste Dia dos Namorados”.
“As declarações podem chegar a milhares de pessoas, por meio das mídias sociais, mas àquela que realmente importa e está ao nosso lado, não precisa de um sinal de wi-fi: basta um envelope e um papel com tudo o que há no seu coração”, diz Ivy.
“Além disso, não vejo como, em alguns anos, uma mensagem de rede social possa ser passada de geração para geração. Você consegue imaginar entregando um celular como lembrança? Enquadrando um post de rede social?”, questiona.
A solução, então, é voltar no tempo e colocar os sentimentos no papel, escrever ou imprimir. “O impresso impressiona – e é tão atual que sobrevive às atualizações de sistema que, vira e mexe, nos fazem perder todas as mensagens. A digitalização tem muitos aspectos positivos mas não tem o principal: o toque humano”, enfatiza a escritora.
@curtonews Neste 12 de junho, Dia dos Namorados, a escritora Ivy Farias participa de um projeto da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) em Santo André, na Grande São Paulo, que se propõe a ensinar e escrever (para quem não pode fazer por si) cartas de amor. 💖
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“Honestidade e dignidade”, enfatiza Ivy. Para ela, não adianta nada utilizar palavras bonitas se elas não forem sinceras e verdadeiras. Uma carta de amor, segundo a escritora, tem que ser feita “para ser lida com o coração”, escrita com emoção.
Além disso, recomenda a escritora, é muito importante pensar que a carta é um registro, uma memória que está sendo eternizada, então é importante selecionar coisas verdadeiras que fazem sentido ao casal.
“Se vocês gostam de ir na choperia, escreva isso! O importante é demonstrar como e porquê a pessoa amada é única e especial em sua vida- isso nunca sai de moda, isso é o que realmente importa”.
Outra sugestão é escrever o que imagina em um futuro, como, por exemplo, “estamos juntos há cinco meses mas tenho desfrutado de tanta paz que me imagino assim, contigo, daqui 50 anos”.
E, finalmente, conhecer bem quem receberá a carta: “acho extremamente cafona mensagem copiada e colada. A personalização é a maior expressão do amor e, sem dúvidas, se a pessoa é mais tímida, vale seguir a linha. Se é mais divertida, pode sim fazer uma piada. Uma carta de amor é para a livre expressão do coração e não para lacração”, lembra a escritora.
E aí? Bora escrever uma linda carta de amor?
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