O diretor do British Museum, Hartwig Fischer, anunciou nesta sexta-feira (25) a sua renúncia com efeitos imediatos, após a revelação de uma série de roubos das suas coleções ao longo dos anos, que evidenciaram as falhas do sistema de segurança da prestigiada instituição londrina.
“A responsabilidade por estas falhas cabe, em última instância, ao seu diretor”, explicou Fischer, acrescentando que o museu “não respondeu com o rigor necessário” aos avisos recebidos há dois anos.
O museu, localizado no centro de Londres, é conhecido mundialmente por incluir em seu acervo peças como a Pedra de Roseta (fragmento de uma estela egípcia que permitiu decifrar hieróglifos no início do século XIX) e os Mármores do Parthenon.
Na semana passada, o British anunciou que demitiu um dos seus funcionários, suspeito de ser responsável pelos roubos, e alertou a polícia sobre objetos “roubados ou danificados”.
As peças que faltam incluem joias de ouro, pedras semipreciosas e cristais de coleções que vão do século XV a.C. ao século XIX d.C.
A polícia de Londres disse na quinta-feira que um homem foi interrogado por policiais encarregados da investigação, mas nenhuma prisão foi executada até o momento.
Fischer, um historiador de arte alemã, observou ao anunciar a sua demissão que “o British Museum não respondeu com o rigor necessário aos alertas de 2021 e ao recente surgimento do problema em toda a sua amplitude”.
E-mails vazados pela BBC revelaram que o museu foi alertado em 2021 por um traficante de antiguidades que obras de suas coleções estavam sendo vendidas no eBay e que eles ignoraram o aviso.
Eram “pequenas peças guardadas em um depósito que pertencia a uma das coleções do museu”.
Nenhuma delas aparecia em exposições recentes e eram usadas para fins acadêmicos e de pesquisa.
Fischer indicou que a segurança do edifício foi reforçada e que foi solicitado a especialistas externos que fizessem um “inventário definitivo” das peças desaparecidas ou danificadas.
“Isso nos permitirá concentrar nossos esforços na recuperação dos itens”, acrescentou.
O presidente do British Museum, George Osborne, disse que toda a equipe administrativa ficou “extremamente preocupada ao saber, no início deste ano, que peças da coleção haviam sido roubadas”.
A prioridade agora, afirmou, é recuperar os objetos, averiguar o que poderia ter sido feito para evitar o roubo e “fazer o que for necessário, investindo em segurança e registros da coleção, para que isto não volte a acontecer”.
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