A dívida dos 20 maiores clubes do futebol brasileiro somaram um rombo de R$ 10,6 bilhões até o fim de 2022. Desses, 19 jogam atualmente na elite do futebol, enquanto apenas um joga a segunda divisão — o Ceará. O único time da Série A que não está no top-20 de dívidas é o Cuiabá. Os números foram divulgados pela Sports Value.
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A dupla ‘pão de queijo’ está no topo do ranking: Atlético/MG e Cruzeiro são os clubes com mais dívidas do país.
O Atlético/MG lidera a lista, com um rombo total de R$ 1,6 bilhão, valor que mais que dobrou desde 2019, quando a dívida registrada era de R$ 747 milhões.
O futuro estádio do time mineiro, que deve ser inaugurado de julho a agosto, está de fora desta conta. A MRV Arena deve custar R$ 440 milhões aos cofres do galo. Quando o clube incluir as despesas no balanço, pode atingir R$ 2 bilhões em dívidas.
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Em seguida vem o Cruzeiro, com a segunda maior dívida dos clubes de futebol: R$ 1,05 bilhão. Para o outro time mineiro, o maior prejuízo foram as três temporadas na Série B, que reduziram significativamente a receita. Vale destacar que, desde dezembro de 2021, o Cruzeiro é uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) — conhecida como clube-empresa.
Apesar dos números altos e preocupantes, a dívida dos clubes está abaixo dos níveis pré-pandemia, tendo caído 3% em relação a 2021 e 12% em relação a 2020. Veja o ranking completo:
Faturamento X dívida dos clubes de futebol
No geral, o faturamento dos 20 maiores times cresceram 9% em 2022, chegando à casa de R$ 7,5 bilhões. As maiores fontes são direitos de transmissão pela televisão (R$ 3 bilhões) e transferência de atletas (R$ 1,4 bilhões).
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O clube com maior faturamento é o Flamengo, com quase R$ 1,2 bilhão. Em seguida, vem Palmeiras (R$ 856 milhões) e Corinthians (R$ 779 milhões).
O Atlético/MG é o time que tem a maior relação dívida/receita. Ou seja, é o time que precisa de mais tempo de receita para pagar sua dívida. Na outra ponta está o Cuiabá.
Na realidade, o Botafogo é o líder no quesito dívidas x faturamento, devendo 32x mais que a sua receita No entanto, o clube não entrou no quesito maiores receitas do estudo, pela primeira vez em anos — assim como o Vasco.
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