As autoridades dos Estados Unidos e da Europa tentam acalmar os mercados sobre as dúvidas em relação a saúde do sistema bancário, após a falência do Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como "o banco das startups". No domingo, nos EUA, foram anunciadas medidas para proteger o dinheiro depositado no SVB e para tranquilizar clientes individuais e empresas. Nesta segunda (13), o mesmo acontece no Reino Unido.
No domingo (12), as autoridades americanas divulgaram medidas radicais para resgatar o dinheiro dos clientes do falido SVB e prometeram que outras instituições ajudarão a atender as necessidades dos clientes. Ao mesmo tempo, os entes reguladores fecharam um segundo banco do setor de tecnologia.
Em um comunicado conjunto, as agências financeiras e o Departamento do Tesouro americano disseram que os correntistas do banco terão acesso a “todo seu dinheiro” a partir desta segunda (13) de março e que não pagarão pela derrocada do banco.
Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), abriu um precedente e anunciou que vai disponibilizar fundos adicionais para ajudar os bancos a responderem as necessidades de seus depositantes, incluindo saques.
“O sistema bancário americano continua sendo resiliente e contando com uma base sólida”, devido, em grande parte, às reformas feitas após a crise financeira de 2008, que introduziram novas salvaguardas para o setor bancário, disseram as agências reguladoras.
Já o governo britânico anunciou que a filial do SVB no país foi vendida para o HSBC, que afirmou tê-la adquirido pelo valor simbólico de uma libra.
“Os clientes do SVB UK poderão acessar seus depósitos e serviços bancários, normalmente, a partir de hoje”, disse o Tesouro em um comunicado.
Em um comunicado divulgado na noite de domingo (12), o presidente americano, Joe Biden, prometeu responsabilizar os agente da falência bancária.
A lei bancária federal norte-americana permite que a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) proteja os depósitos não segurados, se não fazê-lo for colocar o sistema em risco, informou o jornal The Washington Post.
Na Alemanha, o regulador financeiro disse que a “situação de crise” da filial do SVB no país “não representa uma ameaça à estabilidade financeira”.
Na França, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, assegurou que não é necessária uma “advertência especial”. Apesar disso, as bolsas europeias caíram nesta segunda-feira, e a maioria dos índices asiáticos encerrou o pregão em baixa, com as ações dos bancos sendo as principais afetadas.
(Com AFP)
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