Spacey, de 63 anos, que está sendo julgado na Inglaterra desde o final de junho, se declarou inocente de 12 acusações de agressão sexual contra quatro homens entre 2001 e 2013, principalmente a partir de 2004, quando era diretor do teatro Old Vic de Londres.
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Um deles o acusou de agredi-lo sexualmente enquanto o levava, de carro, a uma gala beneficente na casa de Elton John “no início dos anos 2000”.
“Ele me agarrou com tanta força (os órgãos genitais) que quase saí da estrada”, disse ele.
O ator já havia dito ao tribunal que isso “nunca aconteceu”, mas que os dois flertaram.
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“Foi um gesto suave (…) e eu estava no meu espírito romântico”, respondeu Spacey, negando qualquer comportamento “violento”, “agressivo” ou “doloroso”.
Por videoconferência em Mônaco, Elton John confirmou que Spacey compareceu ao seu baile anual em Windsor, oeste de Londres, no início dos anos 2000.
“Ele chegou com uma gravata branca”, disse o cantor.
“Chegou de jatinho particular e veio direto para o baile”, acrescentou, garantindo que o ator dormiu em sua casa naquela noite.
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O marido de Elton John, o cineasta David Furnish, também testemunhou sobre a presença de Spacey no evento: “Ele era um ator vencedor do Oscar, havia muita expectativa por sua presença”.
“Além de ir ao baile, não me lembro de Kevin voltando para casa”, acrescentou.
Spacey, vestido com um terno cinza e gravata de bolinhas, parecia emocionado nesta segunda-feira, esfregando os olhos enquanto o tribunal ouvia as declarações de amigos e familiares.
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O ator Robert Sean Leonard, conhecido pela série de TV “House” e pelo filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, o descreveu como “positivo, compreensivo e respeitoso”.
Chris Lemmon, filho do lendário Jack Lemmon, garantiu que seu pai considerava Spacey “como outro filho”.
Na semana passada, o americano negou todas as acusações, afirmando que todas as relações foram “consensuais” e chamando os argumentos da Promotoria de fracos.
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O julgamento deve durar um mês e, se for considerado culpado, ele pode ser condenado à prisão perpétua.
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