O encontro foi realizado nesta segunda-feira (5), data em que Bruno e Dom foram dados como desaparecidos após uma emboscada no Vale do Javari.
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O jornalista britânico foi mais uma vítima da extensa lista de profissionais da imprensa que são mortos no exercício do seu trabalho.
“Infelizmente a lista é grande demais para citar cada protetor morto na defesa do meio ambiente”, afirmou Dyego Pegorario, do Instituto Vladimir Herzog.
Para alertar a sociedade sobre essa ameaça constante, diversos órgãos de imprensa se uniram em uma coletiva de imprensa para denunciar a insegurança na profissão e ao mesmo tempo exigir de autoridades governamentais que trabalhem para assegurar o ofício. As instituições Artigo 19, Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Instituto Vladimir Herzog (IVH), Instituto Palavra Aberta, Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e Tornavoz organizaram o ato desta segunda-feira.
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O programa Tim Lopes, da Abraji, lançou no evento uma série de entrevistas inéditas de repórteres que estavam no Vale do Javari – local onde Bruno e Dom foram mortos – falando sobre os homicídios. 16 veículos de mídia do mundo todo fizeram parte do projeto, que detalha a grave situação naquela região amazônica.
Kátia Brasil, integrante da Amazônia Real, diz que “quando matam uma árvore, mil se levantam. Foi assim que aconteceu com Dorothy (Stang), com Chico Mendes e agora com Dom e Bruno”.
O representante do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas, que faz parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rodrigo Portella, esteve presente no evento.
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“Desde que o governo assumiu o mandato existe nova postura junto a jornalistas. Frase muito trazida pelo governo federal ocorreu o fim da política do cercadinho. Críticas, demandas são sempre bem-vindas. É postura do governo federal estar ao lado da liberdade de imprensa”, disse Portella.
O Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas foi criado com intuito de apoiar investigações contra jornalistas e também já afirmou, de forma pública, que acompanharia o caso de Dom e Bruno.