O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), receberam das mãos do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o diploma de Presidente da República Federativa do Brasil. A diplomação marca o fim do processo eleitoral, atesta o resultado das urnas e confirma que o presidente eleito está apto para tomar posse em 1º de janeiro. Lula e Moraes discursaram no evento e foram enfáticos sobre a retomada da democracia e o combate à fake news.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu a “coragem” do TSE e do STF em respeitar e garantir o andamento do processo eleitoral. “Poucas vezes na nossa história, a vontade popular foi tão colocada à prova e teve que vencer tantos obstáculos para enfim ser ouvida”.
Lula se emocionou e ao lembrar de sua primeira diplomação.
“Reafirmo hoje que farei todos os esforços para, juntamente com meu vice Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas ao longo de toda uma vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo os mais necessitados”, afirmou.
“Quero dizer que muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente eleito, esta é a celebração da democracia. Poucas vezes na história recente deste país a democracia esteve tão ameaçada. Poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada à prova”, destacou também o petista.
Sem citar Jair Bolsonaro e apoiadores, o presidente eleito enfatizou a coragem dos membros do judiciário do país – TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e STF (Supremo Tribunal Federal) – que enfrentaram “todo tipo de ofensa” durante o processo eleitoral, por “inimigos da democracia” que tentaram desacreditar as instituições e as uranas.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), condenou duramente os ataques à democracia feitos ao longo do processo eleitoral, fez um apelo pela pacificação do país e disse que Lula governará para mais de 215 milhões de brasileiros a partir de 1º de janeiro.
“Senhor presidente eleito, atividade política deve ser realizada sem ódio, sem discriminação e sem violência. A consequência do ódio e da violência é vazio e mágoa”, afirmou.
“Encerra assim mais um ciclo democrático com respeito à soberania popular e à Constituição e com o seu término as paixões eleitorais devem ser substituídas pelo respeitoso embate de ideias”, ressaltou o ministro.
(com Estadão Conteúdo)
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