Estados Unidos investigam prática de Harvard de favorecer admissão de filhos de ex-alunos

O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre a política da prestigiosa Universidade de Harvard de dar preferência aos filhos de seus ex-alunos no processo de admissão, uma tradição criticada por favorecer estudantes brancos.

Os advogados das associações denunciantes divulgaram nesta terça-feira (25) uma carta do Departamento de Educação informando que a divisão de direitos civis da entidade está conduzindo a investigação.

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De acordo com as três associações demandantes, 28% dos graduados da instituição em 2019 tinham um pai ou outro parente graduado lá. Além disso, alegam que 70% dos solicitantes que se beneficiam dessa vantagem são brancos.

No entanto, no final de junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos pediu o fim dos programas de discriminação positiva nas admissões universitárias, uma das conquistas da luta pelos direitos civis na década de 1960, que havia contribuído para reforçar a diversidade nas universidades.

Sem esses programas, “é ainda mais importante eliminar práticas que prejudicam sistematicamente os estudantes de cor”, escreveram os representantes legais do Lawyers for Civil Rights Boston na ação, que acusa a universidade de discriminação.

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Em comunicado enviado à AFP nesta terça-feira, Harvard declarou estar revisando todo o seu processo de admissão para cumprir com a decisão da Suprema Corte e “fortalecer sua capacidade de atrair e apoiar uma comunidade intelectual diversa”.

Harvard e a Universidade da Carolina do Norte, entre outras instituições competitivas de ensino superior nos Estados Unidos, levam em consideração a raça ou origem étnica dos candidatos para garantir a diversidade do corpo discente.

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