As principais características da demência são o prejuízo da memória e do pensamento, perda de funções executivas e alterações no comportamento e personalidade.
Segundo o estudo publicado no Alzheimer & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, pacientes com demência apresentavam algum comprometimento cognitivo vários anos antes de seus sintomas se tornarem “óbvios” o suficiente para um diagnóstico oficial.
A conclusão dos pesquisadores pode ser um passo importante para reduzir danos causados pela doença degenerativa, e também para o desenvolvimento de soluções futuras. Na avaliação do diretor associado de pesquisa da Alzheimer Society, Richard Oklaey:
“Isso abre a possibilidade de programas de triagem no futuro para ajudar a identificar pessoas em risco e que podem se beneficiar de intervenções, e identificar mais pessoas adequadas para ensaios clínicos para novos tratamentos de demência, que são tão desesperadamente necessários.”
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Demência e Alzheimer: qual a diferença?
Segundo médicos, as duas doenças são frequentemente confundidas. Mas demência não é sinônimo de Alzheimer.
Na verdade, o Alzheimer é um dos mais de 140 tipos ou condições da demência. Apesar de ambas poderem prejudicar funções do paciente de forma progressiva e crônica, nem toda demência é alzheimer e é preciso consultar um médico especialista para obter o diagnóstico e tratamento preciso para cada paciente.
Prevenção: o que se sabe
- Hoje, a demência é considerada uma epidemia global, atingindo mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
- Esse transtorno neurodegenerativo deve atingir o triplo de adultos acima de 40 anos no mundo até 2050, segundo pesquisa feita em 204 países e publicada pela revista The Lancet neste ano. (Correio Braziliense)
- Apesar do fenômeno de aumento de casos estar associado ao envelhecimento, a doença não é uma consequência natural de ficarmos mais velhos.
- Em países da América Latina como o Brasil, estima-se que 56% dos fatores de risco para demência possam ser prevenidos. (Folha de S.Paulo)
- 7 hábitos podem diminuir em até 43% o risco dos quadros. São eles: permanecer ativo; adotar uma alimentação saudável; evitar o sobrepeso; não fumar; manter a pressão arterial adequada; controlar o colesterol e a taxa de açúcar no sangue. (Jornal USP)
Sintomas e fatores de risco
Os 10 principais fatores de risco para demência são:
- nível de escolaridade
- perda auditiva
- hipertensão
- consumo de álcool
- obesidade
- tabagismo ativo
- depressão
- isolamento social
- inatividade física
- diabetes
Os sinais e sintomas iniciais da demência variam em cada caso, mas a perda da memória a curto prazo costuma chamar a atenção de médicos em uma primeira consulta.
Apesar de ser mais frequente entre pessoas com mais de 65 anos, a demência não faz parte do processo natural do envelhecimento e pode acometer qualquer pessoa. A propensão para desenvolver o transtorno é maior entre algumas pessoas.
Curto Curadoria
- Risco de demência é maior para negros do que para brancos, aponta estudo britânico (Folha de S.Paulo)
- Alzheimer: entenda como doença prejudica o cérebro e quais seus sintomas (UOL)
- O que é demência vascular e como ela se diferencia do Alzheimer (Folha de S.Paulo)
- Cerca de 50% dos casos de demência no Brasil poderiam ser evitados, diz estudo inédito (GZH)
- Filme “Meu Pai” traz os estados emocionais de quem está perdendo a memória (Jornal USP) Assista abaixo: