Litang Liang, de 63 anos, foi preso na terça-feira e acusado de atuar como agente não declarado da República Popular da China, de acordo com um comunicado do Departamento de Justiça.
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Suspeita-se que, entre 2018 e 2022, forneceu às autoridades chinesas informações sobre membros da comunidade chinesa de Boston que apoiavam a democracia em Taiwan.
Em particular, ele é acusado de ter transmitido a Pequim o nome de uma pessoa suspeita de danificar uma bandeira chinesa, o vídeo de um ativista filmado durante uma manifestação pró-Hong Kong e fotos de dissidentes chineses.
“Não vamos tolerar os esforços da China para influenciar o discurso público e ameaçar a participação cívica nos Estados Unidos”, disse Matthew Olsen, funcionário do Departamento de Justiça para assuntos de segurança interna.
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Litang Liang pode pegar até dez anos de prisão.
Os Estados Unidos prendem regularmente pessoas acusadas de serem espiões chineses. Em abril, dois americanos de origem chinesa foram acusados de montar uma “delegacia clandestina” em Nova York para monitorar dissidentes.
Pequim, que nega qualquer acusação de espionagem, não fica atrás. O americano John Shing-wan Leung, de 78 anos, residente permanente em Hong Kong, foi condenado nesta segunda-feira na China à prisão perpétua por “espionagem”.
Esses casos aumentam a tensão nas relações entre os dois países, travados em uma feroz competição diplomática, militar, tecnológica e econômica.
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