Os Estados Unidos impuseram novas sanções à Rússia, anunciadas nesta sexta-feira (19), que afetam Moscou em todos os setores e pretendem privar os russos de seu apoio para a guerra na Ucrânia. Ao todo, mais de 300 pessoas, empresas, navios e aviões de toda a Europa, Oriente Médio e Ásia foram adicionados às listas proibidas dos departamentos de Estado e do Tesouro americanos. As sanções também proíbem as exportações americanas para 70 entidades na Rússia e em outros países.
“As medidas tomadas hoje limitarão a capacidade do presidente russo, Vladimir Putin, de continuar com sua invasão bárbara e contornar as sanções” já vigentes, destacou a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
“Nossos esforços coletivos privaram a Rússia dos insumos-chave de que necessita para equipar seu Exército e reduziram drasticamente a receita do Kremlin para financiar sua máquina de guerra”, acrescentou.
Os Estados Unidos anunciaram as novas medidas no momento em que acontece a reunião de cúpula do G7 em Hiroshima, na qual os líderes prometeram aumentar a pressão econômica mundial sobre Moscou.
Entre os novos sancionados há dezenas de empresas da indústria da defesa russa e comerciantes de tecnologia, bem como assessores de funcionários do alto escalão russos que já estavam nas listas negras.
Washington também busca pesar sobre o setor financeiro russo, bem como sobre a capacidade da Rússia de produzir energia a médio e longo prazos, segundo comunicados oficiais.
As novas medidas impõem restrições às exportações de bens essenciais para o campo de batalha da Rússia, como os componentes usados na fabricação dos drones de reconhecimento russos Orlan. Também buscam desbaratar redes para adquirir tecnologia restrita que operam a partir de Liechtenstein, Índia, Finlândia, Estônia e Holanda, e redes financeiras russas que operam a partir da Suíça e dos Emirados Árabes.
No setor de energia, os Estados Unidos miram em 18 entidades. Também atacam “os laços cada vez mais estreitos entre a Rússia e o Irã”, punindo, por exemplo, a companhia Khazar Sea Shipping Lines (KSLL), que, segundo Washington, fez 60 visitas a portos russos no último ano.
As sanções americanas congelam todos os ativos que seus alvos tiverem nos Estados Unidos e proíbem que qualquer pessoa ou empresa faça negócios com as entidades designadas.
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