A Apple está no centro de um novo processo antitruste movido pelo Departamento de Justiça dos EUA e 15 estados. A ação judicial alega que a empresa abusou de seu domínio no mercado de smartphones para aumentar preços, prejudicar seus rivais e sufocar a inovação.
O processo destaca o poder de mercado da Apple, que se baseia na alta demanda por seus iPhones e outros produtos. Essa posição dominante, segundo os autores da ação, permite que a empresa defina preços mais altos para seus serviços e produtos, impactando negativamente os consumidores.
A Apple se junta a um grupo de gigantes da tecnologia que já foram alvo de ações antitruste nos EUA, como Google, Meta e Amazon. O procurador-geral Merrick Garland reforça que os consumidores não devem pagar preços mais altos devido a práticas anticompetitivas.
O processo detalha como a Apple supostamente usa seu poder para obter mais dinheiro de diferentes grupos, incluindo consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes.
A ação judicial busca “libertar os mercados de smartphones da conduta anticompetitiva da Apple”, restaurar a concorrência e reduzir preços para os consumidores, taxas para desenvolvedores e incentivar a inovação.
A empresa se defendeu, afirmando que o processo ameaça seus princípios e prejudicaria sua capacidade de criar tecnologia inovadora. As ações da Apple caíram 3% após a notícia do processo.
A Apple já foi alvo de investigações antitruste na Europa, Japão e Coreia, além de ações judiciais de empresas como a Epic Games.
Um dos pontos centrais do processo é a App Store da Apple, que cobra comissões de até 30% dos desenvolvedores. Apesar de um processo anterior da Epic Games ter concluído que a Apple não violou leis antitruste, a empresa foi obrigada a permitir links e botões para pagamentos fora da plataforma.
A Lei dos Mercados Digitais na Europa obriga a Apple a permitir lojas de aplicativos alternativas, mas ainda há críticas sobre as dificuldades impostas pela empresa.
O Departamento de Justiça também investiga como a Apple permite que empresas externas acessem os chips e sensores do iPhone, o que pode ter impacto em empresas como a Tile, que fabrica rastreadores inteligentes.
A Apple argumenta que restringe o acesso a alguns dados e hardware do iPhone por motivos de segurança e privacidade.
O processo antitruste contra a Apple é um marco importante na regulamentação das grandes empresas de tecnologia. O resultado da ação judicial terá implicações significantes para o mercado de smartphones e para o futuro da inovação tecnológica.
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