Ficar mais de três horas colado na tela do computador, ou celular, TV ou games eletrônicos, é um dos fatores de risco para a saúde da coluna dos jovens, de acordo com um estudo feito com adolescentes brasileiros, publicado na revista especializada Healthcare. Outro estudo apresentado em encontro da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica mostra que a luz azul das telas diminui a produção de melatonina, hormônio o sono, o que pode interferir também no ciclo da puberdade.
Um estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), avaliou 1.628 estudantes de ambos os sexos entre 14 e 18 anos de idade, da área urbana do município de Bauru (SP), que responderam a questionário entre março e junho de 2017. Desses, 1.393 foram reavaliados em 2018.
A pesquisa financiada pela Fapesp mostrou que a pouca distância entre o equipamento eletrônico e os olhos, a utilização na posição deitada de prono (de barriga para baixo) e na posição sentada contribuem para surgimento das dores, a chamada dor no meio das costas (thoracic back pain, ou TSP).
Dos adolescente acompanhados por dois anos, 38,4% apresentaram queixas prevalentes de TSP. As dores na coluna ocorrem mais nas meninas do que nos meninos, o que pode ter a ver com “estarem mais expostas a fatores físicos, psicossociais e de stress, terem menos força do que os homens, apresentarem alterações hormonais resultantes da puberdade e baixos níveis de atividade física”, diz um dos autores do artigo, Alberto de Vitta, doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele diz também que a conjugação de físicos e comportamentais gera um aumento da força de compressão dos discos intervertebrais, levando à desnutrição dos discos, comprometendo a integridade do sistema músculo-esquelético, predispondo o indivíduo à fadiga e a níveis de dor mais elevados.
“Parece haver uma relação entre sintomas emocionais e manifestações físicas, como o aumento da secreção do cortisol hormonal e alterações na regulação hormonal do glândulas supra-renais, que geram efeitos inibidores sobre o sistema imunitário, a digestão e sintomas de desgaste corporal excessivo, cansaço, fadiga, dores musculares e articulares”, explica.
“Os fatores físicos (carteiras inadequadas, mochilas com peso acima do recomendado e outros), comportamentais (utilizar os equipamentos eletrônicos acima de três horas por dia, posturas inadequadas) e os fatores de saúde mental (sintomas emocionais, stress etc) estão associados a essas dores”, complementa o pesquisador.
A puberdade precoce pode estar sendo estimulada pela alta exposição às telas, como tablets e celulares, é o que mostra uma das pesquisas mais recentes sobre o assunto, apresentada durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica.
“Estudos mostram que a luz azul das telas diminui a produção de melatonina, hormônio relacionado ao ciclo do sono. A menor produção de melatonina pode ser um sinal para o corpo de que já está na hora de entrar na puberdade. Além disso, o ganho de peso e a ansiedade que podem estar associados ao excesso no uso de telas também alteram a produção de determinados hormônios como a leptina e a serotonina, que podem ocasionar a puberdade de forma precoce”, explica a endocrinopediatra do Sabará Hospital Infantil, Paula Baccarini.
A especialista afirma que, devido ao isolamento durante o período pandêmico, as crianças passaram a se alimentar de forma menos saudável, gerando outros efeitos colaterais que também alteram os hormônios: “O estresse e a ansiedade também são fatores que podem adiantar o início da puberdade, somados ao sedentarismo, à piora do padrão alimentar e ao ganho de peso”, acrescenta.
(Fonte: Agência Brasil)
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