Uma notícia publicada no jornal norte-americano The New York Times* esta semana conta a história de uma corretora de imóveis acusada de matar o marido com altas doses de fentanil, comprado ilegalmente com argumento de que precisava obter analgésicos para “um investidor que teve uma lesão nas costas”. Dados da autópsia mostraram que a vítima tinha tinha cinco vezes a dosagem letal de fentanil em seu organismo, e que a droga era ilícita e não médica.
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Esse é apenas um dos casos que ilustram como esta substância – que foi criada para uso médico e aplicada apenas por profissionais de saúde – está se disseminando para uso recreativo e até criminoso pelo mundo.
Fentanil é um opioide criado em laboratório 50 vezes mais potente do que a heroína e cerca de cem vezes mais potente do que a morfina. (Fonte: Drauzio Varela)
Estados Unidos, o fentanil já lidera as mortes causadas por overdose: apenas 2 miligramas podem matar! Tem sido distribuído pelas ruas de São Francisco, na Califórnia, em baladas e casas noturnas e há grande busca pela substância no TikTok, como a “heroina sintética”.
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“Tornou-se mais económico para os cartéis, porque conseguem produzir fentanil mais facilmente do que as papoilas para a heroína”, explicou Lusa Dean Shold, co-fundador da organização sem fins lucrativos FentCheck, ao site português Publico
Crescimento do fentanil no Brasil
Dois estudiosos, o brasileiro Francisco Inácio Bastos, pesquisador titular do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) e a professor Noa Krawczyk, do Centro de Epidemiologia e Política de Opioides da NYU Grossman School of Medicine, mapearam o problema aqui no Brasil.
Os autores ressaltam que, apesar dos alertas e ações necessários para conter a onda, não há motivos para pânico, por enquanto, aqui no Brasil.
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“Até agora, a ameaça emergente de uma potencial crise de saúde pública impulsionada pela disseminação do fentanil foi basicamente tratada por uma mídia proativa, poucos grupos de pesquisa e as respostas imediatas da Anvisa. Um compromisso da sociedade civil, da comunidade científica e do governo em todos os níveis é extremamente necessário”, afirmam Francisco Inácio Bastos e Noa Krawczyk.
O pesquisador da Fiocruz alerta, no entanto, que é fundamental melhorar a vigilância do fentanil médico e de outros opioides, para que não seja desviado para uso indevido, especialmente em ambientes ambulatoriais.
Para isso, ele indica a adoção de protocolos de tratamento e conscientização dos profissionais de saúde que atendem na porta de entrada – emergências – dos setores público e privado.
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Fique esperto: a droga têm sido misturada à cocaína e outro opioides e MATA rapidamente!!
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