Créditos da imagem: AFP

Funcionário ligado ao chavismo é nomeado presidente da autoridade eleitoral na Venezuela

O funcionário sancionado pelos Estados Unidos Elvis Amoroso, que inabilitou vários líderes opositores, anunciou que foi nomeado nesta sexta-feira presidente da autoridade eleitoral que irá organizar as eleições presidenciais na Venezuela em 2024.

Os membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) foram designados ontem pelo Parlamento, de ampla maioria chavista. O órgão ficou formado por três reitores ligados ao governismo, e dois, à oposição.

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A designação do presidente, vice-presidente e encarregado das comissões correspondia aos reitores, segundo estabelecido na Lei de Processos Eleitorais. Diferentemente do CNE anterior, a vice-presidência será ocupada por um reitor também ligado ao chavismo, Carlos Quintero.

Amoroso, 60, foi incluído em 2017 em uma lista de pessoas sancionadas pelos Estados Unidos por “minarem processos eleitorais e censurarem a imprensa”. Ele também irá presidir a comissão da Junta Eleitoral, responsável pela organização técnica das eleições.

A comissão do registro de eleitores será liderada por outro nome relacionado ao chavismo, Rosalba Gil, ex-secretária do Parlamento e viúva do dirigente Darío Vivas.

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“Estamos orgulhosos de a nossa querida Venezuela ter o sistema eleitoral mais confiável o mundo, o que iremos mostrar em cada um dos processos eleitorais que virão”, declarou Amoroso.

Aimé Nogal, ligada à oposição, ficará a cargo da comissão de participação política e financiamento.

As novas nomeações foram questionadas por líderes opositores. Maria Corina Machado, aspirante à presidência inabilitada pela autoridade eleitoral, afirmou em entrevista coletiva que o novo CNE é “um instrumento do sistema, do regime. Enfrentar as manobras ou pretensões de um CNE entregue ao sistema será uma das muitas barreiras que iremos derrubar.”

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O presidente Nicolás Maduro, por sua vez, saudou as nomeações: “É formado por homens e mulheres de bem, profissionais, equilibrados, e cabe a eles organizar os processos eleitorais para os próximos sete anos.”

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