Créditos da imagem: AFP

Fundador do grupo imobiliário chinês Evergrande é alvo de operação policial

O proprietário do grupo imobiliário chinês Evergrande foi alvo de uma operação da polícia, informou nesta quarta-feira (27) a agência Bloomberg, no momento em que a empresa endividada enfrenta graves dificuldades financeiras.

Xu Jiayin, também conhecido como Hui Ka Yan em cantonês, foi levado pelas autoridades há algumas semanas e está retido atualmente, segundo fontes, que pediram anonimato, citadas pela Bloomberg.

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Ele está sob “vigilância residencial”, o que não significa que tenha sido preso ou acusado de um crime, segundo a agência.

Guancha, um meio de comunicação privado pró-governo, afirmou que fontes próximas ao caso confirmaram a notícia. Também indicou que Xu foi colocado à disposição das autoridades “há alguns dias” e permanece em Pequim.

A AFP ligou para os escritórios da Evergrande em Hong Kong e na China continental para obter esclarecimentos, mas não recebeu resposta.

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O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou em uma entrevista coletiva que não estava a par da situação, ao ser questionado sobre a informação publicada pela Bloomberg.

A gigantesca dívida da Evergrande contribuiu para o agravamento da crise imobiliária na China, o que gerou temores de um contágio global.

O braço imobiliário da empresa não pagou esta semana uma dívida importante. O site financeiro chinês Caixin informou que ex-executivos da empresa foram detidos.

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Xu, 65 anos, já foi o homem mais rico da China. Ele é famoso por seu gosto particular por marcas de luxo e iates.

Seu patrimônio está calculado atualmente em 1,8 bilhão de dólares, contra US$ 42 bilhões em 2017, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

O setor imobiliário é um pilar do crescimento econômico chinês e registrou um crescimento espetacular nos últimos anos.

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Mas a enorme dívida acumulada pelas maiores empresas do setor foi considerada pelas autoridades chinesas um risco inaceitável para o sistema financeiro e o conjunto da economia.

Diante do risco, o governo limitou consideravelmente o acesso ao crédito, o que levou muitas empresas ao ‘default’, como aconteceu com a Evergrande.

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