Gibi fala de violência contra mulher para público infanto-juvenil

Uma revista em quadrinhos, criada pelo Instituto Cultural Mauricio de Sousa, aborda o tema da violência contra mulher para o público infanto-juvenil. A publicação, nos formatos físico e digital, conta histórias sobre Turma da Tina aborda temas como possessividade masculina, desigualdade de gênero e agressões de todo tipo, dirigidas a mulheres. O gibi faz parte de uma campanha do Ministério da Justiça.

Publicado por
Marcela Guimarães

A história se passa dentro de uma faculdade, onde os personagens do cartunista Maurício de Souza assistem à aula com exemplos sobre violências mental, física, econômica e sexual contra mulheres, praticadas de diversas formas: força física, constrangimento moral ou psicológico, menosprezo, restrição de direitos, ameaças, perseguição, hostilidade, intolerância ou dano patrimonial.

No gibi, a professora da história, dona Ruth, explica aos alunos que a violência doméstica vem sendo praticada em vários contextos. Dentro e fora da casa da vítima, por familiares e amigos, e por agressor que mantém ou teve relação íntima com a mulher, como marido ou ex-companheiro.

Gibi da Turma da Tina Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Os desenhos de Mauricio de Sousa mostram as limitações impostas pela violência às mulheres além de uma brutalidade que pode resultar no crime de feminicídio.

Os exemplos dos quadrinhos pretendem alertar os jovens, especialmente as meninas, a identificar comportamentos considerados aparentemente corriqueiros e normais, como verdadeiras formas de violência.

Falando sobre ciúme e sentimento de posse

Um dos personagens da trama, o Ivo, sente um ciúme descontrolado da namorada. Na história, ele é aconselhado a procurar ajuda profissional especializada para que entenda que não existe propriedade de um homem sobre uma mulher.

No fim das 20 páginas, os personagens Tina, Rolo, Pipa, o namorado Zecão e outros se transformam em agentes multiplicadores das informações de paridade de gênero de direitos e enfrentamento da à violência doméstica e familiar contra mulheres.

Os quadrinhos ainda mostram que existe uma rede especializada de serviços para atender mulheres vítimas da violência doméstica e familiar.

Destaque para o Ligue 180, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A Central de Atendimento à Mulher é nacional, funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive nos feriados, no Brasil e em outros 16 países.

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Marcela Guimarães

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