A Justiça britânica determinou nesta quinta-feira (27) o julgamento, em janeiro de 2024, do grupo editorial do jornal The Sun, processado pelo príncipe Harry, filho mais novo do rei Charles III, por coleta ilegal de informações.
O News Group Newspapers (NGN) será o segundo grupo editorial a ser julgado após uma ação civil movida pelo príncipe de 38 anos, que tem uma relação conturbada com a família real desde que ele e sua esposa, Meghan, deixaram a monarquia e se mudaram para os Estados Unidos.
Harry, que continua responsabilizando a imprensa sensacionalista pela morte de sua mãe, a princesa Diana, em um acidente de carro enquanto era perseguida por paparazzi em Paris, em 1997, recentemente abriu uma série de processos contra jornais.
Na demanda contra o NGN, ele acusa parte do império do magnata australiano Rupert Murdoch de coletar informações indevidamente, sobretudo por meio de detetives particulares.
O grupo negou as acusações e pediu que fossem retiradas, argumentando que foram feitas tardiamente.
Nos autos, o príncipe afirma que demorou a abrir o processo devido a um “acordo sigiloso” entre o editorial e seu irmão mais velho, o príncipe William, com quem mantém relações conturbadas. O NGN nega a existência de tal acordo.
Nesta quinta, o juiz Timothy Fancourt pediu o julgamento do grupo, mas rejeitou as acusações de grampo telefônico e que o príncipe possa modificar as acusações com base no suposto “acordo sigiloso”.
A Justiça britânica já havia decidido em maio que o NGN seria processado por coleta ilegal de informações em um processo movido pelo ator Hugh Grant.
Harry também apresentou uma ação legal contra o grupo MGN, editor do Daily Mirror.
Nesse caso, cuja decisão ainda não foi anunciada, o príncipe testemunhou extensivamente perante à Suprema Corte de Londres no início de junho, denunciando o hacking de suas mensagens de voz “em escala industrial”, uma alegação que o MGN nega, embora tenha reconhecido parte das acusações e pedido desculpas ao filho do rei.
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