O caso mais recente aconteceu em setembro, quando quatro mulheres trans, uma mulher bissexual e um homem homossexual foram levados para uma prisão subterrânea em Doha. Segundo relataram, no local eles foram “agredidos verbalmente e submetidos a abusos físicos, com tapas, chutes e socos que provocaram sangramentos”.
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Em todos os casos, os detidos teriam sido obrigados a desbloquear seus telefones para entregar os contatos de outras pessoas da comunidade LGBTQIA+. O país conservador de maioria muçulmana proíbe o casamento e relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, que podem ser punidas com até sete anos de prisão. Mas nenhum dos detidos citados no relatório foi oficialmente acusado.
Segundo a Human Rights, os seis foram aparentemente detidos com base em uma lei de 2002 que permite até seis meses de prisão sem acusações formais “caso existam motivos para acreditar que a pessoa cometeu um crime”.
Uma fonte do governo do Catar afirmou, segundo a AFP, que as versões são falsas. “O Catar não tolera a discriminação contra ninguém. Nossa polícia e os procedimentos são marcados pelo compromisso com os direitos humanos para todos”, afirmou.
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A Human Rights pediu à Fifa que pressione o Catar a adotar leis de proteção às pessoas LGBTQIA+. A Fifa garante que as bandeiras do arco-íris, símbolo da comunidade, serão autorizadas dentro e ao redor do estádios durante a Copa do Mundo. O atacante inglês Harry Kane é um dos vários capitães de seleções europeias que prometeu usar como braçadeira as cores da campanha “One Love”, que simboliza a luta contra a discriminação.
(Com AFP)