Imprensa internacional prevê Brasil dividido depois de eleições ‘tensas’

Alguns dos principais veículos da imprensa internacional destacam o caráter tenso da campanha para as eleições presidenciais do segundo turno e veem o País polarizado. Esse quadro leva a supor que a diferença de votos entre os candidatos será pequena. Para o diário britânico Financial Times, os brasileiros decidirão entre dois políticos com visões dramaticamente diferentes para a nação mais populosa da América Latina. O jornal classifica o processo eleitoral deste ano como "longo e amargo".

Publicado por
Marina Izidoro

The Wall Street Journal destaca o caráter “tenso” do segundo turno das eleições, que terá “implicações amplas para a maior economia da América Latina e a floresta amazônica”.

Bloomberg diz que a disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “amarga e, por vezes, violenta” e despertou preocupação entre autoridades eleitorais e aliados internacionais.

Já a Associated Press ressalta o embate entre um candidato que “promete proteger valores cristãos conservadores” e um ex-presidente que pretende devolver o país “à prosperidade que já teve no passado”.

Para a Reuters, a eleição oferece uma segunda chance para Lula e Bolsonaro. Enquanto o ex-presidente tentará retomar um caminho de “prosperidade” após o PT ficar marcado por escândalos de corrupção, o atual mandatário promete consolidar sua virada conservadora, “depois de uma das epidemias mais mortais do mundo e desmatamento generalizado na bacia amazônica”.

Segundo o The New York Times, a eleição de hoje representa muito mais do que uma “mera disputa entre a esquerda e a direita”. O jornal destaca o aumento do desmatamento da Amazônia sob o governo Bolsonaro e os ataques do presidente a instituições democráticas nos últimos quatro anos.

“Armas, Deus e fake news” dominaram a corrida presidencial deste ano, de acordo com a CNN. A campanha focada em problemas sociais e guerra cultural, com pouca discussão de pautas e projetos, permitiu maior participação de líderes religiosos e a disseminação de notícias falsas, analisa a emissora americana.

(Com Estadão Conteúdo)

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Marina Izidoro

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